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29/03/2022 às 07:39

Vídeo | Operação acha tabela de preço de madeira pago por madeireiros a indígenas

Exploração era feita com autorização de cacique e servidor da Funai; eles foram presos

Denise Soares

Vídeo | Operação acha tabela de preço de madeira pago por madeireiros a indígenas

Operação acha tabela de preço de madeira pago por madeireiros a indígenas

Foto: Polícia Federal de Mato Grosso

Durante 15 dias, policiais federais percorreram 21 pontos da Terra Indígena Aripuanã com o objetivo de combater crimes ambientais, com foco em extração ilegal de madeira e garimpos clandestinos. A Operação Onipresente começou no dia 13 deste mês e foi finalizada nessa segunda-feira (28).
 
Os federais contaram com agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
 
As ações foram realizadas em pontos localizados na Terra Indígena Aripuanã, situada entre os municípios de Juína e Aripuanã (etnia Cinta Larga); Terra Indígena Menkü no município de Brasnorte (etnia Menķü) e no Parque Nacional do Xingu em Feliz Natal (etnia Ikpeng).

Os policiais e agentes encontraram atoleiros, resistência de indígenas e chegaram a ficar trabalhando 20 horas consecutivas sem dormir.


 

A escolha das localidades fiscalizadas foi feita através de monitoramento via satélite.
 
Foram apreendidos documentos, celulares, sete escavadeiras hidráulicas, três caminhões, sete tratores, 12 motocicletas e 30 motores utilizados na lavagem do solo.
 
A operação também destruiu diversos acampamentos que davam suporte para os crimes. As escavadeiras e veículos que estavam em situação precária de conservação ou em locais de difícil acesso.
 
Cacique e servidor presos
 
As atividades ilegais eram realizadas com autorização de lideranças indígenas que recebem valores dos madeireiros e garimpeiros, tendo inclusive sido encontrados com os infratores uma tabela com preço pago aos indígenas.
 
Durante a operação, foi descoberta a atuação de um servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai) que passava informações a garimpeiros para que escapassem da ação policial. 


 
Com uma rápida investigação, foi possível a realização da Operação Ato Reflexo que resultou na prisão desse servidor e de um cacique que recebia 20% de todo ouro extraído da área protegida. 
 
O nome da operação foi escolhido justamente pela celeridade da investigação.
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