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Notícias / Judiciário

02/04/2022 às 17:17

Empresário alvo da Operação Doce Amargo consegue liberdade

Ele e outras sete pessoas foram presas por venda de uso de drogas sintéticas; prisão foi trocada por tornozeleira eletrônica

Débora Siqueira

Empresário alvo da Operação Doce Amargo consegue liberdade

Foto: Reprodução

O desembargador Rui Ramos concedeu habeas corpus ao empresário Luiz Fernando Kormann Junior, o Bocão Highsociety, um dos presos da Operação Doce Amargo da Delegacia de Repressão a Entorpecentes pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, desencadeada em 24 de março.
 
Contudo, a liberdade dele está condicionada ao uso de tornozeleira eletrônica, não se comunicar com os demais acusados por qualquer meio, comparecer a todos os atos persecutórios pré-processuais para o qual for regularmente intimado e comunicar ao juízo criminal seu endereço, bem como a eventual mudança de endereço, fornecendo o novo em que poderá ser notificada para os futuros atos processuais.
 
Apesar dos informes da Polícia Civil de que o empresário investigado fato é um dos fornecedores de drogas sintéticas na Capital, com vínculos nos estados do Paraná e Santa Catarina. A polícia pediu, e a justiça de primeiro grau havia concedido, a manutenção da prisão para que os policiais pudessem diligenciar os informes trazidos, material arrecadado, computadores para compreender o fluxo financeiro da academia dele e o fluxo do tráfico.
 
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão domiciliar foram apreendidos na residência do empresário um pacote contendo vários comprimidos de ecstasy, quatro frascos de substâncias anabolizantes, um cigarro de maconha, um frasco de superenzymes, várias seringas, objetos ilícitos que indicam que ele possivelmente não cessou a atividade criminosa após a prisão do coinvestigado Thiago Massashi Sawamura em dezembro de 2021.
 
Contudo, o desembargador destacou que é vedada a prisão temporária para uso como prisão para averiguações, em violação ao direito à não autoincriminação, como é entendimento pacificado pelo Supremo Tribunal Federal.

Doce Amargo
 
O suspeito e mais 7 pessoas foram os alvos da operação Doce Amargo e atuavam na venda de drogas como ecstasy, MDMA, LSD, conhecidos popularmente como “bala”, “roda” e “doce”, além de outras substâncias como “loló”, lança-perfume ou clorofórmio. 

As investigações que culminaram na operação iniciaram em dezembro de 2021, com informações de traficância que levaram a DRE a prender um dos investigados em flagrante, na posse de cocaína, arma de fogo, munições, bloqueadores de sinais e outros materiais.

Com a prisão do suspeito, as investigações se aprofundaram e um novo inquérito policial foi instaurado para apurar crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Nas diligências e análises realizadas pela equipe de policiais da DRE, foi possível identificar, até então, mais sete possíveis traficantes relacionados a drogas sintéticas, todos com algum vínculo com o primeiro investigado.

Ainda durante as investigações, foram tratativas que os investigados mantinham, negociando compra e venda de drogas sintéticas. Os investigados foram acompanhados, sendo  realizadas análises de suas interações sociais, culminando com a confecção de relatório policial que subsidiou a representação pelas ordens judiciais.
 
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