O deputado estadual Elizeu Nascimento (PL) afirma que a Polícia Militar está revoltada com o Governo do Estado, uma vez que a categoria não foi contemplada no “pacotão da bondade”, encaminhado pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) na semana passada. Para o parlamentar, a classe precisa ser tratada com maior isonomia.
Segundo o deputado, o fato de a PM não ter sido agraciada com reajuste salarial causou um desconforto na instituição. “Todas as classes têm seus merecimentos. O que ficou ruim para o governo é com relação à Polícia Militar, porque algumas classes avançaram, mas a Polícia Militar não foi tratada de forma isonômica”, disse.
Elizeu vai além e afirma que a PM é quem carrega a segurança pública do Estado nas costas e, apesar disso, não está sendo valorizada.
“A gente defende que seja tratada de forma isonômica, até porque a é a PM que está nas ruas, ela que faz o primeiro combate a marginalidade, ela que troca tiro, que prende. Então, ela carrega o piano da segurança pública”, contemplou.
Diante disso, ele afirma que o Governo do Estado vem estudando a viabilidade de atender a categoria ainda este ano. “O Governo está trabalhando, o secretario Rogério Gallo está trabalhando sobre as possibilidades que possa ter. Estamos buscando alguma forma de poder amenizar essa situação ruim que ficou do governo com a Polícia Militar”, finalizou.
Vale ressaltar que, por conta da legislação eleitoral, desde a sexta-feira (1º) o Executivo está impedido de conceder qualquer tipo de reajuste ou benefício às categorias do funcionalismo público.
Por conta disso, a Assembleia Legislativa realizou várias sessões ordinárias na semana passada, a fim de aprovar mensagens do Executivo estadual. Entre elas, uma que concede reajuste salarial aos policiais penais e servidores do Departamento de Trânsito (Detran) e do sistema socioeducativo.
Com o intuito de incluir a polícia militar nesse projeto, Elizeu até chegou a apresentar um substitutivo ao projeto de lei do Governo do Estado, mas ele foi retirado com receio de prejudicar as categorias que estavam sendo contempladas na matéria original.
Isso, porque o governador havia garantido que vetaria a propositura caso fosse feita qualquer alteração no projeto original. Desta forma, os parlamentares optaram por não apresentar emendas e aprovam a mensagem de forma integral.