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Notícias / Judiciário

20/04/2022 às 12:20

Justiça reduz fiança de fazendeiro que matou onça-pintada de R$ 500 mil para R$ 166 mil

Crime foi descoberto após vídeo do fazendeiro com o animal morto viralizar na internet

Denise Soares

Justiça reduz fiança de fazendeiro que matou onça-pintada de R$ 500 mil para R$ 166 mil

Foto: Divulgação

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) reduziu a fiança do fazendeiro Benedito Nédio Nunes Rondon, preso por matar uma onça-pintada na zona rural de Poconé, no Pantanal. Antes, ele teve a prisão revogada por não fazer o pagamento da fiança.
 
A Justiça havia concedido liberdade a Rondon com a condição do pagamento de R$ 500 mil, além do uso da tornozeleira eletrônica. No entanto, o pagamento deveria ser efetuado em 24 horas, o que não aconteceu.
 
Após isso, a defesa recorreu e o TJMT concedeu uma liminar que reduziu o valor da fiança para R$166.852,00, o que já foi pago, de acordo com o advogado Anderson Figueiredo.

No entanto, a Polícia Civil informou que a fiança não foi paga e que o fazendeiro foi encaminhado para o sistema prisional de Várzea Grande.
 
O fazendeiro se apresentou no final da tarde na delegacia de Poconé, depois de ficar escondido em Mato Grosso do Sul.
 
Queixada, como era chamado, era uma onça jovem e foi morto no final do mês de março.
 
O crime foi descoberto depois que um vídeo viralizou na internet. Na imagem, Benedito aparece deitado no corpo do animal morto, zomba da situação e se orgulha do crime.
 
Ao se apresentar, os policiais cumpriram o mandado de prisão preventiva. No interrogatório o suspeito permaneceu em silêncio.


 

O caso
 
O suspeito teve a prisão preventiva decretada com base nas investigações da Polícia Civil em razão de um vídeo que circulou na internet, em que aparecia ao lado da onça morta, com uma pistola em cima do corpo do animal.
 
Durante a filmagem, o suspeito confessa o crime e dizendo que matou a onça no domingo, e ainda diz que o animal ‘não valia nada’. Ainda, ele afirma que se fosse uma fêmea, aproveitaria para ter ‘relações sexuais com o animal’.
 
O crime de matar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória sem permissão tem pena de detenção de seis meses a um ano, e multa.
 
A onça-pintada era monitorada pela ONG Jaguar Identification Project. Queixada, como era chamado, era uma onça jovem e foi vista pela primeira vez pela ONG em novembro de 2021.
 
Em nota, a ONG, que reforça a proteção ambiental, repudiou a morte da onça-pintada.
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