Com 53% dos usuários insatisfeitos com o transporte coletivo e a superlotação nos horários de pico pela manhã e no fim da tarde, o horário do comércio em Cuiabá pode ser alterado. Este formato é adotado nas grandes metrópoles como São Paulo ou cidades turísticas como Balneário Camboriú, cujo funcionamento inicia às 9 horas.
Estudantes, trabalhadores, comerciantes e servidores públicos utilizam o transporte coletivo no mesmo horário, o que gera insatisfação a todos. Pelo menos essa é uma das informações que constam do relatório do Diagnóstico da Mobilidade Urbana apresentado em audiência pública, na noite dessa quarta-feira (27) no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).
O documento foi apresentado pelo diretor de Transporte da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) de Cuiabá, Nicolau Jorge Budib e do engenheiro Claudio Leite da EGL Engenharia, uma das empresas que realizou o diagnóstico do Plano de Mobilidade Urbana de Cuiabá, juntamente com a GPO Sistran LTDA. O documento começou a ser elaborado em 2021 com levantamento em campo e pesquisas qualitativa e quantitativa.
O diretor da Semob comentou que essa mudança de paradigma em alterar o horário do comércio pode ser colocada em pauta, mas com ampla discussão com o setor. “Durante a pandemia isso funcionou bem com a mudança no horário do comércio não havia horário de pico. Mas a Semob pretende fazer essa conversa e que possa trazer mais qualidade de vida e abrindo uma hora a mais e fechando um pouco mais tarde, ganha com mais vida noturna”.
Contudo, ainda é uma proposta. Neste momento, o Plano de Mobilidade Urbana foi apresentado e ainda não está fechado, mas aberto à colaboração e sugestões da sociedade. Quem quiser contribuir, pode procurar a Semob pessoalmente, por email planejamento.semob@cuiaba.mt.gov.br ou respondendo ao Formulário no site da Prefeitura de Cuiabá.
Cidade esparramada
O documento apontou ainda que Cuiabá tem pouco adensamento da cidade, muitas áreas desocupadas e bairros mais distantes com o crescimento de condomínios horizontais e a verticalização da cidade.
“Esses vazios urbanos serão debatidos junto com o IPDU para que tenhamos algo propositivo para resolver esse problema. Quanto mais a distância a ser percorrida, maior o tempo de espera das viagens”, disse.
