Policiais Federais (PF), Rodoviários Federais (PRF) e do Departamento Penitenciário Federal (Depen) realizaram um protesto, em frente ao prédio sede da PF, em Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (28). As categorias reivindicam a restruturação das carreiras das polícias da União.
Ao Leiagora, o diretor de comunicação do Sindicato dos Policiais Rodoviários de Mato Grosso (SINPRF-MT), Marco Aurélio Amorim, explica que a manifestação ocorre em todo o país e tem como objetivo cobrar do presidente da República, Jair Bolsonaro, as promessas feitas a estes profissionais.
“A primeira promessa não cumprida foi a Reforma da Previdência, e além de aumentar a idade nossa, sem direito a nem um tipo de transição. Colegas com dois, três meses para aposentar, estendeu por 10 anos ou mais. A além disso aumentou a alíquota da contribuição. Depois veio o congelamento salarial e agora ainda tem a PEC 186 que por enquanto não está em vigor”, comenta.
Marco Aurélio aposta que o presidente ouvirá o clamor das categorias e colocará em prática os compromissos sinalizados. “Nós vamos continuar acreditando na palavra dele. E estamos confiantes, por isso estamos aqui”, reforça.
Erlon José Brandão, presidente do sindicato dos policiais federais de Mato Grosso, diz que a categoria dele está sem reajuste salarial há oito anos e explica que o reajuste concedido ainda no Governo Temer, de 4,5%, era referente a um período de quatro anos antes. “A inflação está aí, e a gasolina, o arroz e o feijão estão pela hora da morte e o nosso salário está lá em embaixo há cinco anos igual”, lamenta.
O vice-diretor da Associação Nacional dos Delegados Federais (ADPF), Renato Sayão Dias, também conta que o valor das diárias está há 12 anos sem atualização e que a decisão agora é só ir a missões se a diária for paga antecipadamente.
