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Notícias / Judiciário

09/05/2022 às 13:30

Antonio Joaquim afirma que arquivamento não recupera reputação estraçalhada

Quase cinco anos depois, Ministério Público pede arquivamento de investigações contra conselheiro de Contas

Jardel P. Arruda

O conselheiro Antonio Joaquim, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), afirma que o pedido de arquivamento do inquérito em que é alvo de investigação por suposta lavagem de dinheiro ajuda, mas não recupera os danos à reputação após quase cinco anos de exposição. A declaração foi dada na manhã desta segunda-feira (9), na sede do TCE.

“Não pode permitir que fique esse tempo todo uma espada no pescoço da gente. Deixando a gente ter a reputação estraçalhada. É claro que esse parecer vai ajudar, mas não vai recuperar minha reputação. Por isso estou aqui, para dizer, para falar, para que seja divulgado ao máximo”, afirmou, em entrevista à imprensa.

De acordo com ele, o pedido de arquivamento foi um ato de coragem da promotora Valéria Siqueira. Além disso, as ações iniciais, que tramitam há anos, já conta com o ex-governador Silval Barbosa e o empresário Wanderlei Torres como denunciados. Ambos respondem ação na Justiça, enquanto ele não, mas as investigações por parte do Ministério Público não eram encerradas.

O caso 

No dia 28 de abril, o Ministério Público Federal solicitou arquivamento do inquérito contra Antônio Joaquim no que tange às investigações da Operação Malebolge. A solicitação ainda será julgada pelo juiz federal Jeferson Schneider. 

O conselheiro é suspeito de lavagem de dinheiro na venda de uma fazenda ao empresário Wanderlei Torres, dono da Trimec. A transação teria sido usada como subterfúgio para repassar propina ao ex-governador Silval Barbosa, que seria sócio oculto de Antonio Joaquim.

A fazenda foi vendida por R$ 9,5 milhões, porém a escritura constava um valor de R$ 6,7 milhões. De acordo com as alegações iniciais, a diferença teria sido repassada ao então governador. Entretanto, Antonio Joaquim explicou que o dinheiro entrou na conta dele e que a discrepância foi uma jogada para reduzir o valor de impostos a ser pago. 

Inclusive, apesar de o Ministério Público ter solicitado oarquivamento deste inquérito, solicitou a abertura de outro para investigar sonegação fiscal. Enquanto isso, o conselheiro de Contas já negocia com a Receita Federal o pagamento dos impostos devidos.
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