A operação ocorre em Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D `Oeste, Poconé e Pontes e Lacerda.
Segundo o delegado federal Jorge Vinícius Gobira Nunes, os investigados tinham contatos diários e transações financeiras com integrantes da maior facção criminosa que atua no estado.
“Eles tinham as ‘mulas’ que buscavam a droga na Bolívia e transportavam nas costas, carregando em mochilas ou sacos. Carregavam até 30 kg de droga, andando por até cinco dias a pé entre cinco a sete quilômetro da Bolívia até a fronteira com Mato Grosso”, explicou o delegado.
Havia o chamado ‘núcleo empresarial’ para a lavagem de dinheiro, que Thiago participava, e o ‘núcleo’ especializado no transporte de cocaína, em que as mulas atuavam.
“Andavam por cinco dias até a região rural de Porto Esperidião, local onde a droga era armazenada e organizada. Essas pessoas eram resgatadas em veículos e a droga enviada para Cuiabá, onde era distribuída para diversos centros, até o exterior”, completou Gobira.
Baleia
O empresário Thiago Gomes de Souza, conhecido pelo apelido de Baleia, era um dos principais alvos da PF e foi preso em uma casa de luxo no condomínio Alphaville.
Ele é dono de dois postos de combustível usados para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Baleia era taxista e comprou um posto de combustível, mesmo sem ter condições.
Ele teve uma ascensão financeira gigantesca que chamou a atenção dos policiais federais. Além de morar em condomínio de luxo, tinha automóveis de luxo e trocava de carro constantemente.
Baleia tem antecedente criminal por ter sido ‘dono’ de um ponto de tráfico na capital. Ele entrou no ‘mundo do crime’ comercializando lança-perfume.
Os postos de combustíveis eram utilizados para a lavagem de dinheiro, assim como as lojas de conveniência dos locais e até uma mineradora.
Na operação a PF prendeu seis pessoas e apreendeu 101 veículos dos investigados, que também tiveram R$ 60 milhões em bens bloqueados pela Justiça.
“O dono de boca de fumo ou ex-taxista, não teria esse patrimônio de forma rápida”, finalizou o delegado.
A investigação da Polícia Federal evidenciou uma grande organização criminosa voltada ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que movimentou a quantia aproximada de R$ 350 milhões em um período de quatro anos.
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