A Polícia Rodoviária Federal (PRF) suspeita que o motorista do ônibus envolvido no acidente na tarde dessa terça-feira (17), na BR-163, invadiu a pista contrária após ter cochilado ao volante. Em comunicado enviado à imprensa na manhã desta quarta (18), o superintendente da PRF em Mato Grosso, Francisco Élcio Lima Lucena, também se retratou e informou que foram 8 e não 11 o número de óbitos decorrentes do acidente.
Segundo o superintendente, o motorista do ônibus vinha de uma jornada de trabalho de mais de 10h na condução do veículo. “O ônibus saiu a meia-noite de Cuiabá. Teve um problema em Lucas do Rio Verde, onde ficou parado por 4h, e o motorista, após as 13h, se envolveu no acidente. Acreditamos que o motorista cochilou no volante”, disse Lucena em áudio enviado aos jornalistas.
O ônibus colidiu frontalmente com um caminhão carregado de soja que ia de Sinop com destino a Rondonópolis carreta. Sete pessoas morreram no local e uma morreu durante socorro no hospital. Os motoristas do caminhão e do ônibus estão hospitalizados em estado grave, sendo que este útlimo teve um dos braços decepado.
Quem também falou com a imprensa nesta manhã foi o chefe da 6ª Delegacia de Polícia Rodoviária Federal, Leonardo Leitão Ramos. Durante entrevista à rádio Vila Real, o policial contou que havia 46 passageiros no ônibus e que alguns deles não tiveram ferimentos graves.
Segundo o policial, a BR-163 é uma via de grande movimento de veículos pesados, especialmente de caminhões e carretas transportadores de grãos. "O trecho exige muita prudência dos motoristas, pelo grande movimento de veículos pesados e pelo fluxo de carros entre Sorriso e Sinop. Alguns trechos não têm acostamento, a pista tem muita curva e também existem motoristas imprudentes", afirma Leonardo.
Embora exista a precariedade da BR-163, Leonardo destaca que o trecho onde aconteceu o acidente estava bem sinalizado. "Era uma reta com espaço de faixa de domínio para que os veículos possam evitar colisão. No local não encontramos problemas de engenharia. O trecho é deficiente, mas no local não encontramos deficiência", diz o policial.
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