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Notícias / Judiciário

09/06/2022 às 08:23

Adolescente que matou Isabele foi solta durante a noite após decisão, diz Sesp

Jovem de 16 anos ficou 1 ano e quatro meses internada em Cuiabá

Denise Soares

Adolescente que matou Isabele foi solta durante a noite após decisão, diz Sesp

Foto mostra reconstituição da cena do crime com a adolescente

Foto: Divulgação

A adolescente que matou Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, foi solta ainda durante a noite de quarta-feira (8), em Cuiabá, por volta de 19h, logo após ter a liberdade concedida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
 
A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). A jovem, hoje com 16 anos, deixou o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) feminino, onde ficou internada por 1 ano e quatro meses, e já está em casa.

Ela ficou quase metade do tempo máximo de internação de ato infracional, que é de três anos de internação.
 
A Terceira Câmara Criminal TJMT julgou o processo e, por maioria, foi desclassificada a conduta de dolosa para culposa. Ou seja, no entendimento da Justiça o crime foi praticado sem intenção.
 
A mãe de Isabele, Patrícia Ramos, também se pronunciou sobre a decisão ainda durante a noite. Ela classificou a situação como inconcebível e absurda.
 
“Estou indignada, surpresa, aflita. Minha filha não foi morta com uma arma de gatilho simples, mas uma arma que teve que ser municiada, alimentada e carregada. A atiradora era perita nisso...foi morta sem qualquer chance de defesa”, declarou em uma rede social.
 
“Desqualificar esse crime de doloso para culposo é inconcebível. Não vou me calar diante de tamanho absurdo”, afirmou a mãe de Isabele.
 
O crime
 
Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, morreu no dia 12 de julho de 2020. Ela passava a dia na casa da melhor amiga, uma adolescente de 14 anos na época, filha da família Cestari.

Ela foi atingida por um tiro na cabeça, quando estava dentro do banheiro, no closet do quarto da atiradora, no condomínio de luxo Alphaville.
 
A defesa da menor alega que o tiro ocorreu de forma acidental, após a queda do case na porta do banheiro. A perícia descartou essa hipótese.
 
A menor que assumiu a autoria do tiro foi condenada por ato análogo a homicídio, a três anos de internação, com prazo de reavaliação semestral.
 
A defesa colecionou várias derrotas de pedido de Habeas Corpus impetrados no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, no Superior Tribunal de Justiça e até mesmo no Supremo Tribunal Federal, mas mesmo assim, continua tentando a libertação da menor internada.
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