Cuiabá, segunda-feira, 06/05/2024
10:20:30
informe o texto

Notícias / Judiciário

09/06/2022 às 13:00

MP analisa possibilidade de recorrer de decisão que soltou adolescente que matou Isabele

Jovem foi solta ainda durante a noite de quarta-feira, em Cuiabá

Denise Soares

MP analisa possibilidade de recorrer de decisão que soltou adolescente que matou Isabele

Câmera registrou últimos momentos de Isabele

Foto: Divulgação

O procurador de Justiça, Paulo Roberto Jorge do Prado, titular da Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente, informou, nesta quinta-feira (9), que vai estudar a possibilidade legal de recorrer da decisão que soltou a adolescente que matou Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos.
 
A jovem foi solta ainda durante a noite de quarta-feira (8), em Cuiabá, momentos após ter a liberdade concedida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
 
Paulo Prado deve se reunir com a família de Isabele, às 15h desta quinta-feira, na sede da Procuradoria-Geral.
 
A adolescente, hoje com 16 anos, deixou o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) feminino, onde ficou internada por 1 ano e quatro meses, e já está em casa.
 
Ela ficou quase metade do tempo máximo de internação de ato infracional, que é de três anos de internação.
 
A Terceira Câmara Criminal TJMT julgou o processo e, por maioria, foi desclassificada a conduta de dolosa para culposa. Ou seja, no entendimento da Justiça o crime foi praticado sem intenção.
 
A mãe de Isabele, Patrícia Ramos, também se pronunciou sobre a decisão ainda durante a noite. Ela classificou a situação como inconcebível e absurda.
 
“Estou indignada, surpresa, aflita. “Desqualificar esse crime de doloso para culposo é inconcebível. Não vou me calar diante de tamanho absurdo”, afirmou a mãe de Isabele.
 
O crime
 
Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, morreu no dia 12 de julho de 2020. Ela passava a dia na casa da melhor amiga, uma adolescente de 14 anos na época, filha da família Cestari. Ela foi atingida por um tiro na cabeça, quando estava dentro do banheiro, no closet do quarto da atiradora, no condomínio de luxo Alphaville.
 
A defesa da menor alega que o tiro ocorreu de forma acidental, após a queda do case na porta do banheiro. A perícia descartou essa hipótese.
 
A menor que assumiu a autoria do tiro foi condenada por ato análogo a homicídio, a três anos de internação, com prazo de reavaliação semestral.
 
A defesa colecionou várias derrotas de pedido de Habeas Corpus impetrados no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, no Superior Tribunal de Justiça e até mesmo no Supremo Tribunal Federal, mas mesmo assim, continua tentando a libertação da menor internada.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet