O pré-candidato a deputado federal pelo Republicanos, Felipe Wellaton, é categórico na defesa pela mudança do atual sistema de educação pública vigente no Brasil. O ex-vereador de Cuiabá, em entrevista no programa Agora na Conti, nessa quarta-feira (22), afirma que a Educação Básica foi desmantelada no decorrer dos anos porque os recursos foram focados somente no Ensino Superior.
O republicano lembra que, por conta deste cenário, os maiores frequentadores das universidades públicas são aquelas pessoas que têm condições de arcar com um bom ensino na esfera particular. Isso quer dizer que a Educação Básica pública, que engloba a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio não tem sido eficaz àqueles que dela dependem.
“O primeiro setênio constrói as emoções dessas crianças. Se a gente não pensar a escola para esse primeiro setênio, a gente vai jogar fora uma geração que está sendo educada de uma forma que tem construído analfabetos funcionais”, queixou.
Para Wellaton, essa questão não afeta somente as crianças e adolescentes, mas também os familiares. O pré-candidato exemplificou o caso com a problemática das mães solos, que, por ausência de rede de apoio, não conseguem se empregar. Por isso, o postulante defende que a mudança comece com a implantação e melhorias de creches.
Parafraseando o vice-governador Otaviano Pivetta, Wellaton citou as “escolas templos”, que seriam unidades educacionais com ampla estrutura, comportando diversos ambientes que fariam as crianças e adolescentes sentirem vontade de estar na escola.
“A gente tem hoje escolas pequenas, que costumam fritar cérebro de criança. Essa é a verdade. Hoje você pega a escola de Lucas do Rio Verde, por exemplo, a Olavo Bilac, que fica na região central de Lucas… ela tem padaria, tem confeitaria, tem quadra de esporte coberta e ela tem piscina. Eu pergunto: qual escola em Cuiabá tem? Das 81 escolas, tem alguma com essa estrutura?”, questionou.
O pré-candidato também se posicionou contrário ao homeschooling, tema que tem sido amplamente debatido pelo mundo, sendo já permitido em alguns países, como o Chile, Colômbia, Estados Unidos, Canadá e outros. O homeschooling, ou ensino domiciliar, permite que os responsáveis pelas crianças e adolescentes decidam educá-los fora do ambiente escolar. Para Wellaton, há muita perda de vivências e compartilhamento de experiências nessa modalidade.
“Hoje muitos pais têm defendido o homeschooling como oportunidade e o direito dos pais educarem seus filhos. Eu sou adepto da educação escolar, em um âmbito que você convive com outras crianças, convive com diferenças, se adapta ao meio ambiente. Quando você vê uma criança brincando, você vê a frustração dela de perder, ao ganhar, conviver com as diferenças”, concluiu.
