Agentes socioeducativos e familiares do servidor Alexandre Miyagawa de Barros, 41 anos, morto pelo vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) na sexta-feira (1º), marcaram presença em frente à Câmara de Cuiabá na manhã desta terça (5).
Dezenas de profissionais da categoria, munidos de banners com foto do agente, promoveram uma manifestação na Praça Paschoal Moreira Cabral contra a atitude do parlamentar. “O sistema socioeducativo quer Justiça no caso Alexandre”, diz um dos cartazes.
Os agentes gritaram por várias vezes palavras de ordem como “assassino”, “covarde”, “Justiça” e “cassação”. Além disso, enfatizaram o fato de o agente ter sido morto com tiros pelas costas.
Para criticar o “ato de covardia”, como classificam a postura de Paccola, parte dos servidores adentrou o saguão do Parlamento municipal e saíram virados de costas para rua e de frente para a Casa de Leis, enquanto repetiam em coro: “Justiça! Justiça! Justiça!”.
Na oportunidade, o Sindicato dos Profissionais do Sistema Socioeducativo do Estado (Sindpss) também protocolou um documento solicitando que a Mesa Diretora tome providências quanto ao caso. Para a entidade, houve quebra de decoro por parte do vereador, uma vez que ele não é agente da segurança pública, mas, sim, um parlamentar. Paccola está na reserva da Polícia Militar.
Diante disso, defendem o afastamento imediato de Paccola do cargo e ainda a cassação do mandato dele. “Agora é a chance da Câmara tirar aquela macula de Casa dos Horrores. É o momento deles”, disse o presidente do Sindicato, Antônio Wagner.
