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Notícias / Política

10/07/2022 às 11:06

Janaina cita dificuldade em fechar chapa devido a candidaturas femininas

Deputada critica normativa da Executiva Nacional de não repassar recursos do fundo partidário para candidaturas proporcionais a deputado estadual no geral

Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

Janaina cita dificuldade em fechar chapa devido a candidaturas femininas

Foto: AL-MT

Às vésperas das convenções partidárias, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) está com dificuldades de fechar a chapa de candidatos a deputado estadual devido a falta de pré-candidaturas femininas em decorrência da política nacional do partido em não financiar candidatos ao legislativo estadual. A informação é da deputada estadual Janaina Riva (MDB), que irá disputar a reeleição em outubro deste ano.

De acordo com ela, por enquanto, somente 5 mulheres colocaram o nome para a disputa de deputada estadual, o que permite uma chapa com mais 10 homens, conforme a legislação eleitoral, totalizando 15 candidatos, 10 a menos do máximo permitido, que são 25 candidatos. Isso ocorre porque para cada duas candidaturas masculinas, são necessárias a garantia de uma feminina, conforme a legislação eleitoral. 

“Nós temos os nomes filiados ao partido, mas a candidatura de mulher ainda é um problema, não só no MDB como em todos os partidos”, expôs a única mulher deputada estadual em Mato Grosso.

“É uma coisa preocupante que eu vivenciado no MDB e acredito que as mulheres irão vivenciar em todos os partidos, é que os partidos não querem destinar fundo partidário a candidaturas de deputadas estaduais”, afirmou. 

Para ela, isso se dá devido a uma normativa da Executiva Nacional de não repassar recursos do fundo partidário para candidaturas proporcionais a deputado estadual, tanto para homens, quanto para mulheres.

Apesar da medida atingir os dois gêneros, ela acredita que as candidaturas femininas são mais prejudicadas devido ao contexto geral da desigualdade no ambiente político. “A questão financeira ainda é o maior problema para a mulher na política”, disse. 

A emedebista acredita que isso irá prejudicar o partido e afirma que está preocupada e considera a medida um “grande contrassenso” porque na eleição de 2020 houve transferência de recursos para postulantes a todos os cargos. 

“Na eleição passada nós tivemos para as mulheres vereadores e prefeitas, até homens receberam. E agora, o partido tem um discurso divergente dizendo que o recurso é exclusivamente para as candidaturas de federais e candidatura da presidente da República, além de Senado e Governo”, completou, dizendo que isso irá dificultar no fechamento das chapas proporcionais nos estados. 

“Eu vejo que o partido vai ter dificuldade, porque na hora de chamar mulher todo mundo quer chamar mulher, mas na hora de colocar dinheiro ninguém quer”, finalizou.
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