Ainda sem confirmar se está sacramentada a decisão de ser candidato à reeleição, o governador Mauro Mendes (União) continua o jogo de travar o tabuleiro político para impedir o surgimento de candidaturas adversárias competitivas e caminha para disputar a eleição "sozinho".
Ao manter na mesa a possibilidade de um palanque aberto para vários candidatos ao Senado, ele prolonga as discussões com o deputado federal Neri Geller (PP), pré-candidato à senatória com apoio do principal grupo de oposição, para ainda o apoiar ao Governo do Estado e, com isso, enfraquece o nascimento da candidatura ao Governo do Estado a Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB).
Para Mauro Mendes, não é nem necessário que se concretize um palanque reunindo o candidato bolsonarista, senador Wellington Fagundes (PL), a médica Natasha Slhessarenko (PSB) e Neri Geller (PP), para ele ser o maior vencedor desta articulação política. Basta que o alongamento do diálogo atrase seus adversários.
Segundo fontes do União Brasil, pesquisas de consumo interno apontam alta aprovação da gestão Mauro Mendes e isso se consolidou após a agenda positiva de entregas e lançamentos de programas e obras feitas no primeiro semestre de 2022.
E apesar desses mesmos levantamentos mostrarem que o governador “escorrega” na popularidade pessoal, também indicam uma tendência da população estar inclinada a votar em quem tem serviço prestado ao invés de apostar em candidatos novos.
Por isso, a importância em retardar ao máximo o surgimento de uma candidatura adversária e reduzir o tempo do oponente nas urnas se apresentar à população. Bem como de matar na raiz a possibilidade de uma candidatura de direita com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), o político mais popular em Mato Grosso.
Ao final, Mauro deve coligar com Wellington Fagundes, ter o apoio pardo de Natasha e segurar Neri ao máximo possível.