O senador Jayme Campos (União) afirma que a atual conjuntura política de Mato Grosso, relativa à eleição para presidência da República, impede a concretização da proposta de palanque aberto para o Senado Federal no grupo governista. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não aceita dividir palanque com o também presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Mato Grosso.
“É humanamente impossível Mauro acender vela para Deus e vela para ao diabo, ou seja, Bolsonaro e Lula no mesmo palanque não vai comportar”, disse o congressista.
As declarações fazem referência ao fato de o deputado federal Neri Geller (PP), pré-candidato à senatoria, ter fechado aliança com a Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB) que dará palanque a Lula no Estado.
“O que ficou muito bem definido, claro, é que o palanque à presidência da República seria um só, apoio ao presidente Bolsonaro. Com Neri participando da Federação, é obvio e evidente que a Federação apoia o Lula. Então, particularmente, eu acho que isso [palanque aberto] não vai ter efeito nenhum”, declarou.
A proposta de palanque aberto foi apresentada aos partidos da base aliada na segunda-feira (11) pelo próprio governador Mauro Mendes (União). Segundo Jayme, a discussão não avançou, uma vez que Neri e o senador Carlos Fávaro (PSD) não participaram da reunião.
Eles estavam em Brasília, onde participaram de uma reunião com Lula e Geraldo Alckmin (PSB). Na oportunidade, bateram o martelo quanto à aliança do PP e PSD com a Federação.
“Eu não vejo nenhum impedimento legal, mas essa conversa não foi concluída, porque Neri Geller e Fávaro não puderam comparecer. E para fechar isso, precisa estar a presença de todos candidatos”, finalizou.