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Notícias / Judiciário

19/07/2022 às 15:00

MP pede que motorista que atropelou três amigos enfrente júri popular

Acidente ocorreu em dezembro de 2018 em Cuiabá: dois jovens morreram e uma sobreviveu

Denise Soares

MP pede que motorista que atropelou três amigos enfrente júri popular

MP pede que motorista que atropelou três amigos enfrente júri popular

Foto: Divulgação

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pediu que a bióloga Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, acusada de atropelar três jovens na frente de uma boate, em Cuiabá, enfrente júri popular. O pedido foi enviado à 12ª Vara Criminal de Cuiabá nessa segunda-feira (18).
 
Myllena de Lacerda Inocêncio, de 22 anos, Hya Girotto, de 21 anos, e Ramon Alcides Viveiros, de 25 anos, foram atropelados pela motorista quando saíam de uma boate na Avenida Isaac Póvoas, na capital, em 2018.

Myllena morreu na hora e Ramon morreu após ficar cinco dias internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A única sobrevivente, Hya foi internada em coma, passou por quatro cirurgias e depois teve alta médica.
 
A motorista, na ocasião, foi presa em flagrante, mas pagou fiança de R$ 9,5 mil e atualmente responde em liberdade.
 
Para o MPMT, o crime foi doloso, ou seja, com a intenção de matar.
 
“Verifica-se, pois, que a desclassificação do delito para a modalidade culposa, com a consequente impronúncia da acusada, apenas seria possível se os elementos probatórios permitissem concluir de forma peremptória pela inexistência do dolo eventual, o que, como demonstrado, não é o caso dos autos. Assim, comprovado o elemento subjetivo do crime (dolo eventual), a questão deve ser submetida ao Tribunal do Júri, sendo imperiosa, portanto, a pronúncia da acusada”, pontuou o MPMT.
 
O pedido será analisado pela Justiça de Mato Grosso.
 
Atropelamento
 
Os crimes aconteceram no dia 23 de dezembro de 2018, na Avenida Isaac Povoas, em frente à Valey Pub. Na ocasião, Rafaela passa em alta velocidade e atropela Mylena de Lacerda Inocêncio, Ramon Alcides Viveiros e Hya Giroto Santos.
 
Os dois primeiros morreram. Ramon, que era cantor na casa noturna de sertanejo, ainda ficou alguns dias hospitalizado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Já Hya teve ferimentos graves passou mais de um mês internada.
 
Segundo a Polícia Civil, Rafaela tinha deixado outra boate e dirigia sob efeito de álcool.
 
Um vídeo das câmeras do pub onde Rafaela estava antes do atropelamento foi crucial para qualificação da denúncia como homicídio doloso, ou seja, com intenção de matar. Para a promotoria, ao dirigir em notório estado de embriaguez e em velocidade acima do permitido, Rafaela assumiu o risco de produzir o resultado morte.
 
“Imagens de câmeras instaladas da Boate Malcom, onde a denunciada estava até poucos momentos antes, mostram que ela cambaleava à porta de um banheiro, com ânsia de vômito. Mesmo naquele estado de embriaguez assumiu a direção do veículo dirigindo-o por cerca de dois quilômetros até o local do crime”, diz um trecho da denúncia. 
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