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11/09/2022 às 14:30

MT recebe apenas 10% da chuva anual entre maio e setembro

Apesar de o período de estiagem castigar a população por conta do calor intenso e tempo seco, em 2022 chuva em agosto chamou a atenção da população

Eloany Nascimento

MT recebe apenas 10% da chuva anual entre maio e setembro

Foto: Eloany Nascimento/Leiagora

O período de estiagem castiga bastante a população por conta do calor intenso e tempo seco. Em 2022, ao contrário dos dois últimos anos, o período não foi tão marcado pelas queimadas, causando até estranheza aos mato-grossenses com dias frios e chuvosos. 
 
De acordo com professor de climatologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Rodrigo Marques, essa variação não é algo anormal. "A sensação é de que está diferente, mas é comum que durante maio e setembro com a chegada de frentes frias ocorra 10% da chuva anual".

Apesar dessa variação, o período é predominantemente de muito calor, pois o tempo seco atua na atmosfera perto de 5 km de altura, provocando subsidência, ou seja, o vento de cima para baixo, levando à inibição da formação das nuvens de chuva. Marques explica que quando esse vento desce, sofre de compressão adiabática, uma espécie de aperto, causando a agitação das moléculas que é o aumento da temperatura.

Em Cuiabá, no ínicio de agosto, as temperaturas caíram com a mudança no padrão de circulação dos ventos no centro do Brasil, depois de uma semana de frio, o calor voltou aos poucos em toda a região metropolitana da Capital. No fim do mês, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) era de que o “retorno gradual das chuvas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste” deve começar principalmente em outubro.

Em 2021, no mesmo período, não teve ocorrência de chuva e a temperatura chegou a 39°C em Cuiabá e em boa parte de Mato Grosso.

Já em 2020, no mesmo período, o estado vivenciou uma seca extrema, considerada a pior dos últimos 50 anos. O ano foi fora do padrão e teve a maior temperatura registrada desde 1912, atingindo 44°C na Capital, no dia 30 de setembro.

Foram mais de 120 dias sem chuva, recordes de calor e umidade baixa, o que deixou na memória recente da baixada cuiabana como a pior época do ano, causando a sensação que esse seria o normal, principalmente no mês de agosto. 

Segundo o professor, de 2010 para cá, temperaturas acima de 41°C começaram a ser registradas em uma frequência que nunca se viu antes. "Isso, sim, é indício que de fato a gente pode estar tendo uma mudança. Um detalhe muito importante é que as mínimas têm aumentado, não está fazendo tanto frio como já se fez antes. Em agosto, por exemplo, já chegou de registrar 6°C e agora esses valores têm aumentado", alerta Rodrigo.
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