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27/09/2022 às 07:02

Operação prende quadrilha que furtou 6 mil toneladas de soja e milho em MT

Investigações apuraram que, aproximadamente, 152 cargas foram desviadas no período de um ano

Leiagora

Operação prende quadrilha que furtou 6 mil toneladas de soja e milho em MT

Operação prende quadrilha que furtou 6 milhões de toneladas de soja e milho em Mato Grosso

Foto: Polícia Civil de Mato Grosso

A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) realizou, na tarde desta segunda-feira (26) a Operação Safra 2 para cumprir 26 ordens judiciais contra pessoas investigadas por integrarem uma associação criminosa envolvida no furto e desvio de cargas de grãos em Mato Grosso, com ramificação em outros estados do país. 

As ordens de prisão, busca e apreensão e arresto de bens móveis e imóveis foram cumpridas em três cidades de Mato Grosso - Nova Mutum, Sinop e Cuiabá - sendo nove mandados de prisão preventiva e temporária. 

As medidas judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Criminal de Sorriso. A fase da operação apura a participação de 79 pessoas investigadas pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado, receptação qualificada, falsificação de documento e uso de documentos falso.

Carros, bens de valor, armas e outros objetos foram apreendidos.

Prejuízos de 16 milhões

As investigações foram conduzidas pela Divisão de Combate ao Roubo/Furto de Cargas da GCCO e apurou a atuação do grupo criminoso responsável pelo furto de cargas de soja e milho, que causou um prejuízo superior a R$ 16 milhões a diversas empresas transportadoras e seguradoras ligadas ao setor do agronegócio mato-grossense. 

A operação policial tem como alvos caminhoneiros e outros integrantes da associação criminosa que tinham funções definidas como líderes do grupo, os aliciadores, receptadores, falsificadores e financiadores dos crimes; além de cinco empresas transportadoras e beneficiadoras de grãos.

A Operação Safra 2 é a continuidade da investigação da GCCO iniciada em 2021 para a repressão qualificada a grupos criminosos que insistem em atacar a principal atividade econômica do estado. 

Modus operandi

O grupo criminoso agia, aliciando os motoristas de caminhões, antes mesmo que estes fizessem os carregamentos das cargas. Após iniciarem o transporte dos grãos, em vez de seguirem para o destino, que na maioria das vezes era o porto de Miritituba (PA) ou em Rondonópolis, os motoristas desviavam as cargas para as empresas investigadas, localizadas nos municípios de Nova Mutum e Cuiabá. 

O delegado responsável pela investigação, Gustavo Belão, explica que, após entregar as cargas nas empresas receptadoras, os motoristas recebiam dos aliciadores os pagamentos, cerca de R$ 25 mil por carga desviada, além de um ticket falso de descarga.

As investigações apuraram que, aproximadamente, 152 cargas foram desviadas no período de um ano, o que representa mais de 6 mil toneladas de soja e milho.

Operação Safra 1 

Em julho do ano passado, a Polícia Civil de Mato Grosso desmantelou uma organização criminosa baseada no estado de São Paulo que atuava no furto e roubo de cargas de grãos em território mato-grossense e em outras unidades da federação. 

As investigações iniciaram na Delegacia de Paranatinga, que apurou o furto de cargas de soja ocorridos no município. A partir de outras ocorrências registradas nas cidades de Sorriso e de Ipiranga do Norte, a GCCO identificou um esquema criminoso envolvendo uma empresa de transportes, sediada no município de Assis (SP), que era utilizada para a prática dos crimes. 

Durante muitos anos, o proprietário e demais integrantes vinham ‘desviando’ cargas de grãos em Mato Grosso, conforme constam em mais de 40 boletins de ocorrência registrados pelas empresas proprietárias das cargas.

De acordo com a investigação, o proprietário da empresa, que foi preso, e o grupo criminoso atuavam como verdadeiros 'piratas', entrando em Mato Grosso e furtando as cargas de grãos.

A investigação apontou que a quadrilha utilizava as mais variadas fraudes, aproveitando-se de falhas no sistema de controle das fazendas e das transportadoras contratantes. Depois de praticarem os furtos, voltavam à cidade de Assis levando o “espólio” arrebatado.
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