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Notícias / Eleições

27/10/2022 às 12:30

Congresso vai investigar inserções de rádio apesar de decisão de ministro, afirma Medeiros

Deputado afirma ministro é praticamente um funcionário de Alckmin e não tem condições de julgar a eleição

Jardel P. Arruda

O deputado federal José Medeiros (PL) afirma que o Congresso Nacional irá investigar o caso das inserções do presidente Jair Bolsonaro (PL) que não foram veiculadas em rádios, a despeito da decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre Moraes. Para ele, Moraes é praticamente um funcionário do candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e por isso não tem imparcialidade para tomar decisões judiciais sobre as eleições.

“Estamos enfrentando uma eleição em que o presidente do TSE está notadamente de um lado. Ele hoje é uma pessoa que está notadamente do lado de um candidato. [...] Ele não é dono do Brasil, ele não é dono da verdade. Eu protocolei um pedido ontem, junto com diversos deputados, e nós vamos querer saber tim tim por tim tim porque eles não mandaram para as rádios essas inserções”, afirmou Medeiros, em entrevista a Rádio CNN de Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (27).

Prejuízo eleitoral

De acordo com Medeiros, a não veiculação de inserções da campanha de reeleição do presidente Bolsonaro, principalmente no Nordeste, traz um prejuízo muito grande para a campanha. Em um relatório elaborado pela equipe ministerial do presidente, em uma amostragem de 8 rádios do interior da Bahia e Pernambuco, foi verificada a falta de exibição de 730 programas.

“Esse é um prejuízo muito grande porque a rádio traz capilaridade. A rádio fala com a dona de casa, fala com o vaqueiro que está tirando o leite de manhã, a rádio chega no interior do Brasil, no interior do Nordeste. Então quanto eles nos tiram a possibilidade de comunicar com esse público do rádio, eles nos tiram esse eleitor. Mas eu já previa isso”, disse Medeiros.

Em nota à imprensa, o TSE explica que não é responsabilidade do TSE a distribuição das inserções. "É importante lembrar que não é função do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) distribuir o material a ser veiculado no horário gratuito. São as emissoras de rádio e de televisão que devem se planejar para ter acesso às mídias e divulgá-las seguindo as regras estabelecidas na Resolução TSE nº 23.610".

Funcionário do Alckmin

“Quando eu pedi o afastamento do ministro Alexandre de Moraes no início da eleição, não é nada pessoal contra ele, é dizer que ele não tinha condições de isenção para tocar esse pleito, porque ele é quase um funcionário do Alckmin. Ele foi secretário de Segurança do Alckmin, ele foi pro Ministério da Justiça por causa do Alckmin, a pedido do Alckmin, e ele foi pro STF por causa do PSDB que estava dando ao presidente Temer naquela época. Então ele vai julgar eleição que o Alckmin é candidato? Então não vai dar certo. Eu entrei com pedido de representação, mas até agora não foi julgado”, asseverou Medeiros.
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