Durante reunião realizada esta semana com deputados estaduais, o governador Mauro Mendes (União) voltou a defender o confisco de terra como pena para quem desmatar ilegalmente em Mato Grosso como medida para evitar sanções internas mais graves. Contudo, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) ainda não ficou satisfeito com as explicações e segue sendo contra a proposta.
“Ele deu uma explicação sobre as sanções possíveis ao país, o que a Europa pode fazer com todas. Mas a gente já conhece esse assunto de cor e salteado. Isso pra mim não tem sentido, porque eles precisam muito mais de nós do que nós deles. E eles não tem moral de falar do nosso meio ambiente aqui uma vez que eles destruíram tudo deles lá”, argumentou o deputado, após o encontro com Mendes.
Conforme Cattani, os produtores rurais do estado dão exemplo com relação à preservação do meio ambiente e práticas sustentáveis em propriedades.
“Nós somos produtores de alimento para o mundo hoje, os nossos agricultores são muito mais ambientalistas que qualquer outro, na prática e não na conversa. Os agricultores, principalmente na região amazônica, deixam pelo menos 80% da sua floresta intacta”, explicou o parlamentar.
Gilberto Cattani promoverá uma audiência pública na Assembleia Legislativa, na próxima segunda-feira (5), para debater a proposta de confisco e perda de bens a quem pratica desmatamento ilegal, feita pelo governador Mauro durante reunião na 27ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 27), em Sharm El Sheik, no Egito, no dia 15 de novembro.
O encontro será realizado às 9h, na sala de Comissões da ALMT. O deputado ainda solicitou a presença do próprio governador, dos deputados federais e estaduais, senadores, representantes da Aprosoja-MT, Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e Embrapa.
