Distribuidoras de combustível aumentaram indevidamente o preço dos combustíveis no final de 2022 em decorrência da possibilidade do fim da desoneração da gasolina e do diesel. A informação é de Nelson Soares, diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipetróleo), o qual afirma ter feito essa denúncia ao Procon.
“O Sindipetróleo esclarece que a medida provisória de isenções de tributos está em vigor, na gasolina valendo até dia 28 de fevereiro e no diesel até o final do ano. Algumas distribuidoras, no final do ano, pela incerteza de que se iria ser mantida ou não a isenção, aumentaram seus preços. Fato que nós denunciamos ao Procon e pedimos que ele fiscalize de maneira mais efetiva toda a cadeia de produção, não só os postos de gasolina”, disse Nelson Soares, em vídeo, aproveitando para criticar o órgão.
A declaração vem após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abrir investigação para apurar o aumento do preço dos combustiveis e dois dias após o Procon de Mato Grosso fazer uma batida em postos que elevaram o valor da gasolina ou do diesel em Cuiabá.
De acordo com ele, a grande concorrência entre os postos não permite aumento indevido do preço, mas somente o repasse do valor cobrado pelos fornecedores. Ele ainda salienta que as acusações contra os postos têm peso midiático e que a fiscalização não ocorre da mesma forma contra as distribuidoras.
“Se a distribuidora sobe, ele sobe, se a distribuidora diminui, ele diminui. É importante também que a gente tenha clareza que as campanhas são midiáticas. É muito mais fácil e vendável a manchete de que postos aumentaram os preços, do que você ter no final uma situação na qual os preços não foram aumentados pelo posto, mas foram aumentados pelas distribuidoras ou as refinarias”.
Veja o vídeo na íntegra:
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