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17/02/2023 às 18:30

'Não é não': confira orientações preventivas para se manter em segurança

O Leiagora ressalta que a mulher é livre para se divertir como queira, mas ainda são necessários cuidados

Priscila Mendes

'Não é não': confira orientações preventivas para se manter em segurança

As atrizes Marina Person e Leandra Leal

Foto: Reprodução / redes sociais

A terceira reportagem da série ‘Não é não’ do Leiagora traz orientações para se proteger do assédio no carnaval. É importante ressaltar que não há intenção alguma de culpar a vítima ou de cercear a liberdade dos foliões, especialmente as mulheres. Atentados contra a dignidade sexual são crimes e precisam ser denunciados.

Mas, enquanto a sociedade ainda impuser risco às mulheres, é necessário prevenir, buscar formas de proteção.

A defensora pública, coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher em Cuiabá, Rosana Leite Antunes de Barros, ressaltou que “ao menor sinal de situações humilhantes, constrangedoras e agressivas”, as mulheres precisam acionar “as normas que atuam pelos direitos humanos das mulheres”. Para saber mais sobre os crimes tipificados em situações de abuso sexual, leia aqui.

Se vivenciar algum abuso, é necessário buscar uma delegacia especializada de defesa da mulher. Em municípios em que não houver, buscar qualquer delegacia com atendimento 24 horas. “Se não há possibilidade de se dirigir à uma delegacia, deverá a mulher fazer uma ligação telefônica para o 190, imediatamente”, orienta a defensora Rosana.

Leia também - 'Não é não': como a cultura do estupro cerceia a liberdade feminina no carnaval

Nos casos abusivos, como beijo roubado, toques não consentidos, entre outros, Rosana orienta que é importante “buscar ajuda e olhar ao redor quanto à possibilidade de testemunhas”. Ao Leiagora, ela alerta que “o cuidado deve ser tomado pelo pretenso agressor também, pois, as penas são bastante severas no que diz respeito a esses crimes”.

Não sabe identificar um crime, como importunação sexual, abuso ou estupro, Drª Rosane dá a dica: “Sempre digo que qualquer situação que venha a constranger, humilhar, deixar desconfortável ou agredir se constitui em violência contra as mulheres. Assim, toda e qualquer circunstância onde ela venha a apresentar esses sentimentos, estará configurado o delito”.

Leia também - 'Não é não': delegada e defensora de Cuiabá explicam diferença entre importunação sexual e estupro

A bióloga Tafnys Hadassa, integrante da Frente Mulheres na Luta 8M, de Cuiabá, vai curtir o carnaval de rua da capital mato-grossense e, juntando a experiência própria com os ensinamentos do ativismo feminino, narrou ao Leiagora um "protocolo de segurança", medidas que ela mesma usa. Mas é bom destacar que nenhuma mulher gostaria de ter que acionar medidas preventivas. Ao contrário, todas gostariam de exercer a própria liberdade sem riscos.

Enquanto a sociedade ainda não extingue a “cultura do estupro”, é importante previnir.

Confira as dicas da militante Tafnys Hadassa:

- Primeiramente, escolha a companhia para passar o carnaval. “Normalmente, a gente escolhe grupos de amigos que também têm outros amigos e, então, a gente ‘se joga’ na folia.

- “O Consumo de bebida  alcoólicas pode ser com moderação, evitando aceitar bebidas de estranhos ou drinks preparados longe da nossa vista”. 

- “Se alimentar bem, da forma que for possível, ingerir bastante água e sucos, intercalando com as bebidas alcoólicas. Assim, a gente mantém um nível de consumo menos prejudicial pra saúde e pra se manter o mais sóbria possível, já que a embriaguez total nos deixa um tanto quanto distraídas aos sinais de perigo”;

- “Ter sempre uma pessoa acompanhando quando for se afastar do grupo pra ir ao banheiro, comprar bebidas ou alimentos”.

- “Combinar com as amigas pra uma cuidar da outra até o final da festa”.

- “Evitar Caronas ao final da festa”;

- “Nas viagens de aplicativo, sempre compartilhar a rota com alguma amiga ou familiar”;

- “Avisar sempre que chegar ao local e quando estiver saindo”;

- “Ao menor sinal de desconforto, saia de perto e procure ajuda”.
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