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17/03/2023 às 12:05

Cinco crianças morrem infectadas com ‘superbactéria’ na Santa Casa de Cuiabá

Óbitos foram registrados na UTI Neonatal da unidade entre os dias 16 e 21 de fevereiro deste ano

Paulo Henrique Fanaia

Cinco crianças morrem infectadas com ‘superbactéria’ na Santa Casa de Cuiabá

Foto: Reprodução

Cinco crianças que estavam internadas na UTI Neonatal do Hospital Estadual Santa Casa de Cuiabá morreram vítimas de uma superbactéria chamada Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC). Os óbitos foram registrados entre os dias 16 e 21 de fevereiro deste ano, porém o caso só veio a público no início desta semana. A idade das crianças não foi informada.
 
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), as crianças foram direcionadas de outras unidades de saúde que não são geridas pelo estado. A SES alega que as vítimas já deram entrada na UTI infectados pela bactéria multirresistente e que o hospital realizou exames de cultura para determinar o tipo de leito e isolamento para não infectar outros pacientes.
 
“A infecção não foi o motivo da internação. A infecção pela bactéria multiresistente só foi identificada no momento em que os pacientes deram entrada no Hospital Estadual. As infecções deveriam ter sido identificadas e tratadas antes, quando os pacientes ainda eram assistidos por outras unidades de saúde. A ação rápida, nestes casos, pode evitar o agravamento do caso e um surto pela bactéria”, diz trecho da nota que também afirma que o quadro dos pacientes já era considerado grave no momento da internação.
 
A KPC
 
De acordo com a página oficial do Dr. Drauzio Varella, a KPC é um micro-organismo que possui resistência a múltiplos antibióticos e a outras bactérias. A “superbactéria”, como é conhecida, pode ser encontrada em fezes, na água, no solo, em vegetais, cereais e frutas.
 
A transmissão ocorre em ambientes hospitalares por meio do contato com secreções do paciente infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas de desinfecção e higiene. A KPC pode causar pneumonia, infecções sanguíneas, no trato urinário, em feridas cirúrgicas, enfermidades que podem evoluir para um quadro de infecção generalizada, muitas vezes, mortal.
 
Os sintomas podem ser febre, prostração, dores no corpo, especialmente na bexiga e tosse nos episdódios de pneumonia.
 
Santa Casa seguiu o tratamento
 
A SES também informa que a todos os medicamentos necessários para o tratamento das infecções foram disponibilizados pela Santa Casa e que os leitos ocupados pelas crianças foram bloqueados, e deseinfectados e já estão em pleno funcionamento.
 
Equipes da Vigilância do Estado e do Município, do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram notificadas e também auxiliaram no processo de contenção da infecção.
 
Confira a nota da SES:
 
Sobre as questões que envolvem o atendimento da UTI Neonatal do Hospital Estadual Santa Casa, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) esclarece:
 
Os cinco pacientes internados entre os dias 16 e 21 de fevereiro e direcionados de outras unidades de saúde, que não são geridas pelo estado, já chegaram ao Hospital Estadual infectados por uma bactéria multiresistente.
 
Para receber os pacientes, o Hospital Estadual realizou exame protocolar de cultura de vigilância para determinação do tipo de leito, isolamento de contato e proteção. O exame identificou a existência da infecção.
 
A infecção não foi o motivo da internação. A infecção pela bactéria multiresistente só foi identificada no momento em que os pacientes deram entrada no Hospital Estadual.
 
As infecções deveriam ter sido identificadas e tratadas antes, quando os pacientes ainda eram assistidos por outras unidades de saúde. A ação rápida, nestes casos, pode evitar o agravamento do caso e um surto pela bactéria.  
 
As equipes especializadas do Hospital Estadual Santa Casa envidaram todos os esforços para conter as infecções, que já eram consideradas graves no momento da internação dos pacientes na unidade.
 
As equipes da Vigilância do Estado e do Município, do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram notificadas e também auxiliaram no processo contenção da infecção.
 
Todos os medicamentos necessários para o tratamento da infecção foram disponibilizados pelo Hospital Estadual.  
 
Os leitos ocupados pelos pacientes infectados foram bloqueados, desinfectados e já estão em pleno funcionamento.
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