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12/04/2023 às 09:45

Fazer o nº 2 não deve levar mais do que 5 minutos; veja como evitar erros

Especialistas explicam que fazer atividades físicas e tomar bastante líquido ajudam a evacuação

Do G1

Fazer o nº 2 não deve levar mais do que 5 minutos; veja como evitar erros

Foto: Pexels

Os ancestrais da espécie humana faziam cocô agachados. Agora, centenas de milhares de anos depois, o comum se tornou passar longos minutos sentado no vaso sanitário verificando as redes sociais ou disputando um game online.

Segundo os especialistas ouvidos pelo g1, o entretenimento na hora errada aumenta o tempo no banheiro e traz consequências para a saúde porque forçamos mais do que o necessário a musculatura da região anal. O principal efeito negativo são as hemorroidas (inchaço e inflamação das veias do reto, o que pode até mesmo ser motivo para cirurgia corretiva).

"Antigamente, quando se levava jornal ou revista para o banheiro, em algum momento acabava a leitura. Agora, com Instagram e Youtube, é infinito", diz a coloproctologista Thaís Takahashi.

Entre as atitudes que podem comprometer a saúde do reto e, consequentemente, as idas ao banheiro estão:

- levar o celular ao banheiro e passar mais de cinco minutos sentado;
- fazer muita força para evacuar;
- segurar a vontade de ir ao banheiro por muito tempo;
- fazer musculação com altas cargas.

Além desses fatores comportamentais, gravidez e ter o intestino muito preso ou muito solto também são fatores de risco para o desenvolvimento de problemas na região.

Ponto de apoio

Além de evitar os comportamentos de risco acima, uma das estratégias para ajudar na evacuação é o "banquinho do cocô". De acordo com a médica coloproctologista Thaís Takahashi, o ponto de apoio para elevar os membros inferiores funciona porque alinha a musculatura do reto.

A posição simula uma postura ideal (parecida com o hábito ancestral de ficar agachado) e exige menos esforço.



"O nosso reto, para mandar o sinal de quem tem coisa para eliminar, ele faz uma curvaturazinha quando vai passar pelo músculo do ânus e, quando levantamos a perna, a gente facilita essa eliminação", explica Thaís.

E existe uma diferença biológica entre homens e mulheres até mesmo nesse ponto.

Logo na frente, na mulher fica a vagina e no homem fica a próstata, que acaba servindo de anteparo para ajudar na saída das fezes.

Já para as mulheres, principalmente as que tiveram partos vaginais, essa saída é dificultada porque a parede vaginal é mais flácida.

Alimentação tem influência

Sérgio Alexandre Barrichello Júnior, gastroenterologista e endoscopista bariátrico, diz que a evacuação é muito relacionada com a presença de um bolo alimentar bem formado. Os movimentos para a evacuação se dão principalmente devido à presença dese bolo já digerido, que se transforma em bolo fecal no intestino grosso.

"Se for composto de carnes vermelhas e alimentos que se putrefazem muito, vai criar muitos gases e muitas vezes o intestino não vai trabalhar direito. Já tiver fibras, legumes, frutas e uma quantidade de líquido adequada, o bolo alimentar se transforma em um bolo fecal mais fácil de sair", afirma o médico.

Ele ressalta que uma digestão ineficaz pode influenciar na evacuação.

Cada organismo é único e pode ter dificuldade de digerir certos tipos de nutrientes. Isso causa constipação, diarreia ou grande fermentação (gases).

Por exemplo, uma dieta rica em carne pode gerar um hábito intestinal menos regulado porque o organismo leva mais tempo para digerir esse tipo de alimento.

"Se não houver nenhum problema adicional, os vegetarianos podem ter uma evacuação mais eficiente do que o que faz uma dieta rica em alimentos de origem animal, especialmente carnes e ultraprocessados", diz o médico.

Manhã é o melhor período

De acordo com a médica, fomos fisiologicamente preparados para evacuar pela manhã, já que o intestino passou a noite inteira repousando.

"Quando ficamos de pé ao acordar temos automaticamente um reflexo e depois do café da manhã também. Conforme a rotina vai atropelando, as pessoas inibem os reflexos, que param de existir, e a vontade não vem mais pela manhã", diz a coloproctologista Thaís Takahashi.

Ou seja, para facilitar a missão, o ideal é criar uma rotina para aproveitar esses movimentos naturais e começar o dia com o caminho livre.

E fazer atividades físicas ajuda também. Thaís Takahashi explica que o diafragma, quando respiramos vigorosamente, exerce uma pressão que acaba indiretamente influenciando o funcionamento do intestino.
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