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Notícias / Política

20/04/2023 às 15:41

Em 7 anos, gestão de Emanuel é alvo de 15 operações

Saiba a relação de todas as ações policiais que investigam esquema de corrupção na administração municipal, sendo a maioria delas na Saúde da capital

Alline Marques

Em 7 anos, gestão de Emanuel é alvo de 15 operações

Foto: Reprodução / Facebook

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) completa 7 anos em 2023 à frente do comando do Palácio Alencastro e acumula um recorde ao longo desses anos. A administração municipal já foi alvo de 15 operações policiais, sendo a última delas nesta quinta-feira (20) deflagrada pela Polícia Federal. E vale destacar que a maioria delas ocorreram na Secretaria Municipal de Saúde, que atualmente está sob intervenção do Estado. 

A Operação Curare, que está na 4ª fase, é a mais recente e teve como alvo mais um ex-secretário de Saúde do Município, Milton Corrêa, que, inclusive, depois de deixar a pasta, mantinha contrato com a prefeitura para fornecimento de médicos. Além dele, o empresário Douglas Corrêa acabou sendo preso em flagrante por tentar impedir cumprimento de mandado de busca e apreensão ao quebrar o celular. 

As operações contra a atual gestão da Prefeitura de Cuiabá tiveram início em 2018, um ano após a posse de Emanuel como prefeito, com a deflagração da operação Sangria I e II, pela Polícia Civil, que apura suspeitas de fraudes em licitações da Saúde. Na segunda fase, o ex-secretário de Saúde, Huark Douglas, o ex-secretário adjunto Flávio Taques e outros envolvidos chegaram a ser presos.

O ano de 2021 teve recorde de operações policiais na Prefeitura, foram sete ações, sendo três da Polícia Federal e as demais da Polícia Civil. Nessas ações outro secretário foi preso, servidores foram afastados dos cargos, incluindo o próprio prefeito Emanuel Pinheiro.

O afastamento de Emanuel ocorreu na Operação Capistrum, que também investiga esquema de corrupção em contratações de funcionários na Saúde de Cuiabá. Nessa ação, a primeira-dama da capital, Márcia Pinheiro, ficou proibida de entrar nas dependências da prefeitura.

E para quem perdeu as contas, saiba detalhes de todas as operações na Prefeitura de Cuiabá:

2018
Sangria I – deflagrada pela Polícia Civil para investigar fraudes em licitações da Saúde. O ex-secretário de Saúde, Huark Douglas, o ex-secretário adjunto Flávio Taques, empresários e médicos foram alvos de busca e apreensão e depois denunciados.

Sangria II – foi deflagrada pela Polícia Civil porque os envolvidos tentaram atrapalhar as investigações da primeira fase. Huark, Flávio e dois médicos foram condenados pela Justiça Federal a 3 anos e 8 meses de prisão em regime aberto.

2020

Overlap I – a Polícia Civil investigou esquemas de corrupção para desviar dinheiro da Secretaria Municipal de Educação. Os ex-secretários Alex Passos e Rafael Cotrim foram envolvidos sob suspeita de desvios de R$ 2 milhões.

Overlap II – na segunda fase da investigação, também foi afastado o ex-procurador geral do Município, Marcus Brito, além dos envolvidos na primeira fase. As apurações apontaram desvio de R$ 1,4 milhão da Educação.

Overpriced I – da Polícia Civil e Ministério Público, que investigam desvio de dinheiro na compra de medicamentos contra a Covid-19, no valor de R$ 715 mil. O então secretário de Saúde, Luiz Pôssas, foi afastado e um empresário também foi envolvido.

2021

Sinal Vermelho –
operação conjunta da Polícia Civil e MPE, na investigação que apura desvio de dinheiro para compra de semáforos inteligentes para Cuiabá, no valor de R$ 553 mil. O secretário Antenor Figueiredo virou réu, assim como a empresa Semex S/A.

Overpriced II – segunda fase da operação que investiga superfaturamento na compra de remédios para Covid-19, no valor de R$ 2,1 milhões. Nessa fase, servidores foram afastados dos cargos e três empresas foram envolvidas no processo que está sob investigação.

Curare I – primeira fase da operação da Polícia Federal, que apura esquema de corrupção na Secretaria de Saúde de Cuiabá, com suspeita de desvio de R$ 100 milhões. O então secretário Célio Rodrigues foi afastado e outras 20 pessoas físicas e jurídicas também respondem à ação.

Colusão – deflagrada pela Polícia Federal em setembro daquele ano, também para investigar esquema de fraudes em licitações da Saúde, no valor de R$ 1,9 milhão. Os investigados foram alvos de busca e apreensão na ação.

Curare II (Cupincha) – a Polícia Federal investiga desvios na contratação de leitos para Covid-19, no valor de R$ 100 milhões. Célio Rodrigues e dois empresários foram presos na ação.

Capistrum – da Polícia Civil e MPE, para investigar esquema de contratações irregulares na Secretaria Municipal de Saúde, com suspeita de desvio de R$ 16 milhões. O prefeito, a primeira-dama e outros servidores foram alvos de busca e apreensão e afastados.

Fake News – deflagrada pela Polícia Civil contra o irmão de Emanuel, Popó Pinheiro, o jornalista Alexandre Aprá e servidores da prefeitura, que foram acusados de organização criminosa montada para praticar crimes de calúnia e difamação contra adversários políticos do prefeito.

2022

Chacal –
a Polícia Civil investiga esquema de contratação de médicos “fantasmas” na Secretaria de Saúde. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra servidores da secretaria e do Pronto-Socorro.

Palcoscênico – a Polícia Civil bloqueou contas dos ex-secretários de Gestão, Ozenira Félix, e PGM, Marcus Brito, além de uma ex-adjunta da Atenção Básica, no valor de R$ 730 mil, para investigar esquemas de desvio de dinheiros das Secretarias de Gestão e de Saúde.

Curare III – na sequência das investigações, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na Secretaria de Saúde de Cuiabá e Empresa Cuiabana de Saúde, para apurar esquema de desvios de recursos nas pastas, no valor de R$ 7 milhões.

Curare IV – a operação da Polícia Federal cumpriu mandados e de busca e apreensão e apura desvio de R$ 3 milhões na Secretaria de Saúde de Cuiabá. De acordo com a investigação, uma das empresas contratadas pela gestão municipal manteve-se à frente dos serviços públicos mediante pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.
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