O presidente da Assembleia Legislativa licenciado, Eduardo Botelho (União), evita opinar sobre o assunto, mas acredita que o processo disciplinar que tramita na Casa de Leis contra o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) deve resultar em algum tipo de punição ao parlamentar.
“Nós vamos dar os encaminhamentos e, com certeza, alguma medida deve ser tomada”, afirma o deputado, que retorna para o Parlamento de Mato Grosso na próxima semana.
Ele afirma que, assim que reassumir o seu posto, dará seguimento ao processo, primeiramente garantindo a formação da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar.
“A questão do deputado Cattani, eu vou formar a Comissão de Ética e encaminhar todos os pedidos para a Comissão e ela vai decidir e encaminhar à Mesa Diretora, para darmos os encaminhamentos”, explicou.
Até o momento, apenas dois blocos indicaram nomes para compor a Comissão de Ética que julgará a conduta de Cattani. Trata-se dos blocos “Experiência e Trabalho”, que indicou o nome do deputado estadual Wilson Santos como titular e Diego Guimarães (Republicanos) na suplência; e o bloco “Parlamentares Unidos”, que colocou o nome do deputado estadual Max Russi (PSB).
A medida é reflexo de uma representação protocolada no Legislativo Estadual pela Defensoria Pública e pela Ordem dos Advogados de Mato Grosso (OAB-MT). As entidades pedem que o Parlamento tome providências quanto à atitude de Cattani, que comparou a gestação de mulheres com a de vacas.
Imagem da Assembleia
Botelho acredita que a postura de seu colega de parlamento não manchou a imagem da Assembleia Legislativa, uma vez que a Mesa Diretora não aceita falta de respeito.
“A Assembleia nunca foi casa dos horrores. Nós temos uma premissa dentro da Assembleia, não temos permitido nenhum deputado faltar com o respeito, nenhum deputado tumultuar. Nós não aceitamos deputados que quer fazer tumulto, que quer atrapalhar reuniões de comissões, isso não é permitido”, garantiu.