Após se manifestar em frente ao Palácio Alencastro, os empresários do ramo de bota-fora pretendem chamar a atenção do Ministério Público Estadual (MPE) e governo do Estado para a falta de condições quanto ao descarte de materiais de construção recolhidos em suas caçambas diariamente em torno da Capital.
A informação é do presidente da Associação dos Caçambeiros de Cuiabá, Aldir Arantes. Segundo ele, já está agendada para esta quarta-feira (21) uma manifestação em frente ao Ministério Público.
“Quarta vamos fazer uma aglomeração de caminhões em frente ao Ministério Público, depois na frente do Palácio do governo do Estado para ver se ele intervém. Já que o prefeito não resolve, vamos ver se o governo não intervém para ajudar a resolver”, disse.
A categoria reivindica duas coisas: um espaço adequado para descarte de material, e a revisão da tarifa. “Não tem onde descarregar. A resolução 307 Conama classifica os resíduos em A, B, C e D, e em Cuiabá só temos uma empresa que recebe, e essa empresa só tem licença para classe A e nós não temos onde descarregar os demais. Precisamos de um ponto de descarga que receba todas as classificações”, explicou.
Ele frisa ainda, que a Associação já acionou o Ministério Público para rever a questão da tarifa. “Até janeiro era R$ 15 por metro cubico, a partir do dia 02 de fevereiro passou para R$ 32,80 por metro cubico. Descobrimos um erro proposital, absurdo, comunicamos o prefeito entramos com recurso na Arsec e levamos ao conhecimento do Ministério Público”, completou dizendo que o erro diz respeito a data base de cálculo.
De acordo com Aldir, o reajuste deveria ter feito levando em consideração o ano de 2015 a 2022, mas ele foi feito de 2011 a 2022.
“Estamos há 15 dias que estamos sem descarregar, paramos. A cidade tem hoje 9 mil caçambas cheias e nós não temos como trocar”, finalizou.
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