Atual chefe de gabinete de Edna rejeita tese de ilegalidade e confirma conta conjunta desde início do mandato
Neusa Batista disse ainda que a ex-servidora não utilizava a conta conjunta por ter ficado pouco tempo no cargo e que a demissão ocorreu por baixo desempenho e não pela gravidez
A atual chefe de gabinete da vereadora Edna Sampaio (PT), Neusa Batista, defendeu a legalidade da transferência da verba indenizatória para custeio do gabinete e confirmou a existência de uma conta conjunta para depósito destes valores.
Neusa garante que o gabinete da parlamentar petista adota esse sistema desde o início do mandato, e diz que a sua antecessora, Laura Natasha, só não teve acesso a referida conta porque ficou pouco tempo no cargo. Porém, vale destacar que a atual chefe de gabinete está no cargo no mesmo tempo que a ex-servidora.
Laura respondeu como chefe de gabinete de Edna por quatro meses e foi demitida grávida, em dezembro do ano passado. Neusa assumiu o posto em janeiro deste ano, e está no cargo há cinco meses.
“Essa conta já existia desde 2021, mas a minha inclusão se deu em janeiro quando eu me tornei chefe de gabinete, mas a conta já existia junto com a Alice, que antecedeu a Laura. [...] Essa prática é desde o início do mandato, a Laura não chegou a ter acesso porque ela ficou muito pouco tempo no cargo”, completou Neusa.
Para ela, essa prática facilita a gestão dos recursos, e garante que não existe ilegalidade na medida, uma vez que acredita que os recursos oriundos da verba indenizatória são para suprir custos do gabinete.
“Como é do conhecimento de todos os vereadores, a VI é paga na conta pessoal do vereador e do chefe de gabinete, porém nós tomamos essa decisão de criar essa conta conjunta para ter maior controle do que estamos gastando. [...] A gestão dos recursos não está prevista em lei, mas nós temos como provar para onde foi todo esse recurso que a gente recebeu”, garantiu.
Neusa foi a segunda ser ouvida na Comissão de Ética na tarde desta quinta-feira (22), no âmbito do processo disciplinar que foi instaurado no Parlamento Municipal contra Edna, por suposta prática de rachadinha.
Diante das declarações, o vereador Dilemário Alencar (Podemos) sugeriu que a Comissão de Ética solicite o extrato da conta conjunta dos seis primeiros meses deste ano, e também o extrato da conta bancária da vereadora Edna, que recebeu os recursos transferidos por Laura. Por fim, ainda solicitou que o grupo convoque a primeira servidora do gabinete da parlamentar, que exerceu o referido cargo.
A Comissão de Ética é formada pelos vereadores Rodrigo de Arruda e Sá (Cidadania), Kássio Coelho (Patriota) e Wilson Kero Kero (Podemos).
Demissão de Laura
Durante a oitiva, Neusa chegou a ser questionada se tinha conhecimento sobre o motivo que a ex-chefe de gabinete foi demitida do cargo mesmo estando gravida.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.