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Notícias / Política

22/06/2023 às 16:10

Vídeo | Ex-chefe de gabinete afirma que foi exonerada porque Edna disse que gravidez atrapalharia mandato

A ex-servidora da Câmara de Cuiabá afirma que chegou a implorar para permanecer no posto, tendo em vista a sua condição financeira, mas que não comoveu a petista

Kamila Arruda

<Font color=Orange> Vídeo </font color> | Ex-chefe de gabinete afirma que foi exonerada porque Edna disse que gravidez atrapalharia mandato

Foto: Paulo Henrique Fanaia / Leiagora

A ex-chefe de gabinete da vereadora Edna Sampaio (PT), Laura Natasha Abreu, afirma que a parlamentar a demitiu do cargo sob a alegação de que sua gravidez prejudicaria o seu mandato. A ex-servidora da Câmara de Cuiabá afirma que chegou a implorar para permanecer no posto, tendo em vista a sua condição financeira, mas que não comoveu a petista.

“Ela disse que não teria condições de ficar comigo, porque ela é mãe de três filhos e sabe como é estar gravida, e que a minha condição iria custar para o mandato dela, porque ela tem dois anos de mandato e precisava de alguém que pudesse se dedicar integralmente, se doar 100%, e na condição que eu estava não era possível”, detalhou Laura, durante a oitiva na Comissão de Ética, realizada na tarde desta quinta-feira (22).

Laura conta que argumentou, disse que a gravidez não foi planejada, mas que não obteve êxito. “Eu falei a ela: Edna, como vou sustentar dois filhos com R$ 1,5 mil da prefeitura. Como vou fazer para fazer o enxoval, e ela disse para mim que eu sabia que era temporário, que eu sabia que era momentâneo e que minha situação financeira não era um problema que ela tinha que resolver”, completou.

A ex-chefe de gabinete é funcionária efetiva da Secretaria Municipal de Educação, e foi cedida ao Parlamento Municipal para trabalhar no gabinete da vereadora Edna.

“A Edna me chamou para trabalhar aqui. Em nenhum momento eu me ofereci, em nenhum momento eu pedi. Ela me chamou porque ela quis, e eu vim. Eu trabalhei aqui durante quase cinco meses, ela nunca reclamou de mim, mesmo eu sendo inexperiente”, disse.

Laura afirma que a exoneração a pegou de surpresa, uma vez que quando comunicou a vereadora sobre a gestação, ela foi bem acolhida. No entanto, frisa que, quando completou dois meses começou a ter muitos enjoos, o que estava atrapalhando o seu rendimento no trabalho.

Diante disso, foi conversar com a parlamentar para pedir desculpas, e acabou sendo informada sobre a sua demissão. “Ela [Edna] disse que o máximo que poderia fazer seria garantir que eu continuasse cedida para a Câmara e que eu iria trabalhar de casa, com um celular”, completou.

A ex-chefe de gabinete, contudo, afirma que preferiu não aceitar a proposta, tendo em vista as funções do cargo de assessor externo. “Recebi o valor de R$ 70 mil, que na verdade não é uma indenização, mas os direitos trabalhistas. Recebi de uma vez só”, finalizou.

Enquanto ocupou o cargo no Legislativo Cuiabano, Laura recebia R$ 7 mil de salário e mais R$ 5 mil a título de verba indenizatória. Ela está sendo ouvida pela Comissão de Ética e Decoro Parlamento do Legislativo Municipal na tarde desta quinta-feira (22), no âmbito de um processo disciplinar que foi instaurado contra a parlamentar petista por suposto uso irregular da verba indenizatória do chefe de gabinete.


 
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