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Notícias / Agro e Economia

26/06/2023 às 14:30

Mendes critica juros altos do Banco Central e diz que beneficia apenas banqueiros

O governador aderiu ao coro dos críticos à política monetária do Banco Central que está em guerra com o governo Federal

Da Redação - Alline Marques / Reportagem local - Jardel P. Arruda

Mendes critica juros altos do Banco Central e diz que beneficia apenas banqueiros

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O governador Mauro Mendes (União) se uniu ao grupo de insatisfeitos com a alta taxa de juros cobrada pelo Banco Central e avaliou que a medida apenas beneficia banqueiros, sacrificando o resto da população e empresas. Atualmente, a taxa é de 13,75%, a maior do mundo, apesar da melhora na economia e na queda da inflação. O órgão, inclusive, tem sido alvo de duras críticas por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Eu me alinho aqueles que pensam que já chegou a hora do Banco Central dar um basta e abaixar os juros. Ruim para o Brasil, péssimo para o cidadão, péssimo para as empresas, péssimo para os negócios e excelente para os banqueiros estão cobrando juros mais caros do mundo”, declarou o governador na manhã desta segunda-feira (26). 

Na semana passada, pela quinta vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária do Banco Central manteve em 13,75% ao ano a taxa Selic, usada para a definição dos juros dos empréstimos, cheque especial, cartão de crédito e vendas no crediário. Por unanimidade, os diretores do BC citaram que o cenário internacional com a guerra e a quebradeira de bancos, a alta da inflação no Brasil e a ausência do novo teto de gastos justificam a Selic em patamares elevados. 

O acumulado em 12 meses do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 5,6% em fevereiro. Isso significa que a taxa já caiu pela metade desde abril de 2012, quando atingiu o pico de 12,13%. Porém, apesar da queda da inflação, ela segue acima da meta de inflação do Banco Central, que foi fixada pelo governo anterior em 3,25% para 2023 e 3% para 2024, com uma tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.

Apesar das questões técnicas, existe também questões políticas. O atual presidente do Banco Central, Campos Neto, é indicado do ex-presidente Jair Bolsonaro e possui mandato até 2024, o que acirra ainda mais os ânimos entre ele e o atual presidente da República. 
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