O fim do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), que já havia sido anunciado, mas foi concretizado nesta quarta-feira (12) pelo governo Lula, não afetará as escolas Tiradentes e Dom Pedro, geridas respectivamente pela Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar, em Mato Grosso. Isso porque elas não faziam parte deste programa, mas sim de uma iniciativa inteiramente estadual levada a cabo pelo governo Mauro Mendes (União).
Inclusive, a única escola estadual de Mato Grosso que aderiu ao Pecim, a Escola Mário Motta, em Cáceres, vai continuar a ter uma gestão cívico-militar, mas com um novo parceiro. Atualmente, ela está sob a gestão das Forças Armadas e do Ministério da Educação (MEC), mas vai passar ao comando da PM ou do Corpo de Bombeiros.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o governo do estado tem até o final do segundo semestre para definir qual será o novo parceiro, mas está definido que o modelo, com administração militar, vai ser mantido.
“Sobre o fim do Decreto Presidencial Nº 10.004, de 5 de setembro de 2019, que instituiu o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (PECIM), a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) esclarece que a única unidade da Rede Estadual que aderiu ao PECIM, Escola Estadual Mário Motta, em Cáceres, continuará suas atividades normalmente no modelo cívico-militar”, diz nota enviada pela Seduc.
Facilita a situação o fato de a PM e o Corpo de Bombeiros serem instituições estaduais.
Cuiabá
Se em nível estadual a situação está equalizada, os municípios que aderiram ao Pecim precisarão encontrar um nova alternativa à gestão das escolas vinculadas ao programa em extinção.
No caso de Cuiabá, existem duas escolas cívico-militares: escola Profa. Maria Dimpina Lobo Duarte, localizada na Chácara dos Pinheiros, e a escola Dejani Ribeiro Campos, no Jardim Vitória. Com o fim do programa, ambas voltam à administração municipal.