Afinal, a placa vai estar com o nome de quem? Essa foi uma das perguntas que roubaram a cena na entrega da Unidade de Pronto Atendimento (Upa) Leblon, em Cuiabá, realizada nesta quinta-feira (13). O fato é que nem o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e nem qualquer outro nome da prefeitura foram mencionados no artefato.
A interventora da Secretaria de Saúde de Cuiabá, Danielle Carmona, justificou o porquê do nome do prefeito não estar na placa de registro de entrega da Upa. A explicação é de que a intervenção estadual é que de fato conseguiu dar celeridade às obras e quitar débitos.
“Quando nós, a intervenção, assumiu, era uma obra que ela estava inacabada e sem ninguém aqui dentro. Nós pagamos todas as empresas que estavam com débito para retomar essa obra e em menos de 60 dias nós estamos conseguindo hoje inaugurar”, destaca.
Desse modo, a intervenção varre o rastro da gestão Pinheiro que esteve à frente da obra por pelo menos sete anos. A Upa contará com o nome de Mauro Mendes (União), e demais 10 menções a autoridades, das quais nenhuma pertence à secretaria municipal, em cores típicas da Gestão Mendes. Inclusive a logo da pasta no artefato recebeu tons preto e branco.
O governador garante que não teve qualquer participação na escolha dos nomes que estariam na placa. “Eu não interferi nisso, foi uma decisão da Saúde. Ele é o prefeito de Cuiabá, mas nesse momento ele não está administrando a saúde de Cuiabá”, disse.
O secretário de Saúde do Estado, Gilberto Figueiredo (União), não quis entrar na polêmica envolvendo a placa. “Eu não gosto dessas picuinhas, dessas peculiaridades, o importante e que depois de quatro anos a população vai receber essa unidade de saúde”, se limitou a dizer.
O deputado estadual Paulo Araújo (PP), por sua vez, argumenta que essa decisão interessa apenas aos seguidores tanto de Emanuel, quanto de Mauro. O que importa de fato, na opinião do parlamentar, é o funcionamento da nova unidade.
“Eu vi a polêmica nesta semana, né?! Por mim não teria problema nenhum colocar, tirar, colocar o nome dele, tirar o nome dele, o que importa é que a unidade está sendo entregue e é isso que a população quer da saúde que serviços estejam abertos, estejam funcionando que tenha médicos, medicamentos. É isso que a população quer, a população não quer entrar nesse jogo político, quem entra nesse jogo político são os seguidores da prefeitura, os liderados, seguidores do governador. Mas a população não quer saber dessa briga’, aponta.