A interventora da Saúde de Cuiabá, Danielle Carmona, classificou como ‘descabida’ a declaração do presidente da Comissão de Saúde da Câmara, o vereador Wilson Kero Kero (Podemos), em que sugere o uso de medicamentos vencidos e a reesterilização de equipamentos médicos nas unidades de saúde de Cuiabá.
“Medicamento vencido, ele jamais pode ser reutilizado, isso é contra ética e isso não é permitido. Então é uma fala totalmente descabida”, afirmou Danielle nessa terça-feira (15).
Na última sessão da Casa de Leis, o parlamentar disse que fez uma visita ao Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC) na quarta-feira (9) e ficou indignado ao ver que o Gabinete de Intervenção está descartando medicamentos vencidos.
“É muito estranha essa fala dele como presidente da Comissão de Saúde da Câmara. O que acontece é que ele foi no Centro de Distribuição CDMIC e o que ele encontrou foram os medicamentos vencidos que já tem uma ação judicial. Teve uma CPI na gestão do Emanuel", lembra Carmona.
O vereador reconhece que esses medicamentos foram adquiridos pela gestão de Emanuel Pinheiro (MDB) que deixou os remédios parados ao ponto de perder o prazo de validade, porém ele afirma que esses insumos podem ser reutilizados para tratar outras enfermidades.
“Conversando com o Saad [vereador pelo PSDB], debruçado com o Vidal [vereador pelo MDB] e aí que a gente descobriu que é muito medicamento que já está vencido. ‘Ah é medicamento adquirido lá pela gestão Emanuel?’, sim, até porque não deu tempo dos remédios adquiridos pela intervenção vencer. Mas a administração da intervenção teria obrigação de não deixar acontecer. O Saad fez uma análise desses materiais que venceram, são materiais hospitalares que poderia ter sido reesterelizado. É lógico, está vencido, mas nem todos. São medicamentos de uso contínuo o que pode muito bem ser utilizado nos postos de saúde antes de vencê-los”, defende o parlamentar.
A interventora explica que os medicamentos só não foram descartados ainda por uma questão burocrática. "Na época dessa CPI, a gestão anterior não realizou o inventário desses medicamentos vencidos. Então nós estamos nessa etapa e após a finalização do inventário nós vamos apresentar aos órgãos de controle, que tem a acompanhado, para depois fazer o descarte”, detalha.
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