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13/09/2023 às 17:12

NO MP

PGE apresenta representação criminal contra deputado e aponta crime de prevaricação

Além da representação, a PGE também notificou o deputado para apresentar as supostas provas contra servidores públicos

Leiagora

PGE apresenta representação criminal contra deputado e aponta crime de prevaricação

Foto: PGE-MT

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) irá representar criminalmente o deputado estadual Wilson Santos (PSD) pelo suposto crime de prevaricação, por não entregar ao Ministério Público Estadual as supostas denúncias contra servidores da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

A representação será proposta até o fim da tarde desta quarta-feira (13) ao MP. Além da representação, Wilson Santos também já foi notificado, em seu gabinete, a apresentar os documentos perante os órgãos competentes na esfera judicial e administrativa.

Na avaliação da Procuradoria, se existe o crime, em tese, de pagamento ou pedido de propina, não é a Assembleia Legislativa o local competente para analisar e investigar a suposta falta funcional, mas sim, o Ministério Público Estadual ou a Polícia Judiciária Civil.

Na interpelação criminal, a PGE requereu que o parlamentar apresente as denúncias e provas do que ele alegou à imprensa e as formas como ele as obteve. 

Para a PGE, as declarações do deputado jogadas na imprensa, sem que isso seja levado a quem compete o poder de investigação, “colocam sob suspeita mais de 7 mil servidores da Secretaria de Saúde, que trabalham com responsabilidade em prol dos mato-grossenses”.

Outro lado

Por meio de assessoria, Wilson emitiu a seguinte nota:

Sobre a Notificação Extrajudicial 001/2023/GPGE, da Procuradoria-Geral do Estado, que solicita ao deputado estadual Wilson Santos que apresente aos órgãos persecutores criminais documentos e áudios relativos a denúncias recebidas pelo parlamentar quanto à irregularidades na Secretaria de Estado de Saúde, o parlamentar esclarece:

“O procurador-geral do Estado não tem o direito de cobrar tais respostas de qualquer parlamentar estadual, isso assemelha-se a abuso de autoridade. Os deputados estaduais estão amparados pela Constituição do Estado de Mato Grosso que em artigo 29, parágrafo 6º, estabelece que “os deputados estaduais não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberem informações””. 

“Estou coberto pelo texto constitucional estadual originário da Constituição Federal, que traz em seu artigo 53, parágrafo 6º, a mesma prerrogativa concedida aos senadores e deputados. Causa espanto que um procurador-geral do Estado, formado em Direito, com registro na OAB e concursado, não conheça os direitos de um parlamentar”.

Vale ressaltar que as denúncias apresentadas pelo deputado Wilson Santos são objeto de investigação por parte da Polícia Civil e já devem ser de conhecimento do Governo do Estado, ante a deflagração da Operação Espelho, que investigou irregularidades no âmbito da Secretaria de Estado de Saúde.

Portanto, não há que se falar em prevaricação, pois tais denúncias já estão nos autos do inquérito policial instaurado que resultou no indiciamento de 22 empresários e que, vale ressaltar, estão sob a análise da Polícia Federal.

Cuiabá, 13 de setembro de 2023.
 
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