O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) defende em um projeto de lei proposto por ele na Assembleia Legislativa (ALMT) que mulheres com medidas protetivas contra potenciais agressores deveriam portar armas. Em entrevista ao Agora na Capital dessa terça-feira (19), ele argumentou sobre a proposta, mas reconheceu que a medida desconsidera mulheres desfavorecidas financeiramente.
“Eu desejo que a minha esposa, inclusive, possa ter o direito de portar uma arma se ela quiser. Se minha filha quiser, se a minha mãe quiser [...] para qualquer um que tente tirar a vida delas, elas possam se defender”, disse Cattani.
O parlamentar explicou que não será qualquer mulher com medida protetiva que poderá ter uma arma, mas a proposta é tornar o acesso ao armamento para mulheres nesta condição como uma necessidade. Ele afirma que, com isso, as vítimas de agressões não ganharão o porte de arma e que precisarão passar por todos os processos como aulas de tiro, testes psicológicos, até que comprem o armamento.
“O projeto não dá porte de arma para a mulher, ele reconhece a efetiva necessidade de que ela tenha o porte de armas. Aí ela vai buscar na legislação, primeiro adquirir uma arma com todo o rigor, fazendo os cursos de tiros”, argumentou o deputado.
Quando questionado se a proposta não seria restrita apenas a mulheres com condições financeiras elevadas já que um armamento não é barato, o parlamentar comparou os custos com o preço de um aparelho celular. Após criticar o governo vigente, recuou e reconheceu que a proposta é, sim, restritiva.
“Sim, assim como um telefone celular, é só para quem tem o dinheiro para comprar. [...] Acho que você tem razão porque mudou o governo [...] Eu acho que não é uma questão financeira, por exemplo, você dá uma oportunidade para aquele que pode, infelizmente a gente não pode dar a mesma oportunidade para todos”, ponderou Cattani.
Confira a entrevista completa:
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