A possibilidade de Rosa Neide (PT) vir a assumir novamente uma cadeira na Câmara Federal não tira o seu nome do rol de pré-candidatos a prefeito de Cuiabá. Muito pelo contrário. Isto porque, para o presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, Valdir Barranco (PT), acredita que o retorno da petista ao Congresso fortalece o nome dela para a disputa majoritária da Capital no próximo ano.
“Na realidade uma cosia não tem a ver com a outra. Vamos supor que a Rosa seja a escolhida como candidata, ou que antes da decisão do municipal haja a decisão do Supremo e ela possa assumir. Ela, como deputada federal, pode ser candidata, não interfere em nada, inclusive, fortalece”, disse o dirigente petista.
O posicionamento de Barranco demonstra uma certa preferência pelo nome de Rosa, em detrimento de Lúdio Cabral, que se colocou como pré-candidato há cerca de duas semanas. O nome de Rosa vem sendo cotado para a disputa rumo ao comando o Palácio Alencastro desde ano passado, principalmente devido à votação expressiva que a parlamentar conquistou na eleição passada.
Porém, ela não é a única petista que está no páreo. O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) iniciou os trabalho para viabilizar seu nome na eleição do próximo ano. Ocorre que Lúdio e Rosa são de grupos distintos dentro do PT. A ideia é que eles busquem um consenso e não precisem ir para uma disputa direto dentro do partido.
A definição de quem será o candidato da agremiação deverá ocorrer até novembro deste ano, conforme determinação da direção nacional. Após isso, o nome será defendido junto à Federação Brasil da Esperança, do qual, além do PT, ainda fazem parte o PV e PCdoB.
Volta à Câmara Federal
Apesar de ter “perdido” a eleição do ano passado, Rosa Neide pode retornar à Câmara Federal. Isso, porque tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) ações que põe em xeque a distribuição das vagas nas sobras eleitorais. Até o momento, o placar na Corte é de 2 a 1 para que essa alteração seja válida para as eleições de 2022.
O relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski, havia votado pela inconstitucionalidade, mas com validade apenas para 2024, porém, os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes entenderam que deveria vale já para 2022. André Mendonça pediu vista do processo, que ainda não tem data para voltar a julgamento.
O questionamento é sobre a forma utilizada para contabilizar as sobras. A alegação é de que o cálculo provocou distorções do sistema proporcional, além de ferir princípios constitucionais como o pluralismo político, o Estado Democrático de Direito, a igualdade de chances e a soberania popular.
A medida pode resultar na alteração de três cadeiras de deputados federais de Mato Grosso. Caso a ação seja acatada pelo Supremo, os deputados federais Amália Barros (PL), Coronel Fernanda (PL) e Coronel Assis (União Brasil) deixam suas cadeiras em detrimento a Rosa Neide, Dona Neuma (PSB) e Dr. Leonardo (Republicanos).
