O deputado estadual Max Russi (PSB) sugeriu ao ministro do Desenvolvimento e Assistência Social Wellington Dias que o Bolsa Família se estenda também, por um período delimitado, para cidadãos que recebem apenas um salário mínimo. A iniciativa visa estimular que beneficiários do programa retornem ao mercado de trabalho.
“A gente está com dificuldade de mão de obra mais simples. O que acontece? Muitos ficam com medo ‘eu vou ser registrado e vou sair, vou perder o Bolsa Família’. O salário que ele vai receber registrado é um salário mínimo R$ 1300, realmente, se ele fizer a comparação não compensa, aí ele prefere fazer um bico, porque com um bico ele complementa sua renda e consegue sustentar os seus filhos”, disse o parlamentar nessa segunda-feira (25).
Atualmente, o programa governamental paga R$ 600 às famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único (Cadúnico) e esse valor pode aumentar se o beneficiário tiver filhos menores que seis anos de idade, ou estiver gestante.
A proposta do deputado é tornar mais compensatório para os dependentes do auxílio retornarem ao mercado de trabalho, pelo valor de um salário mínimo atrelado à garantia do benefício por mais alguns meses.
“Então nós precisamos que esse trabalhador que vai ao mercado de trabalho com um salário mínimo, que ele possa permanecer no programa por mais um período, até ele melhorar sua renda, se estabelecer dentro do emprego e aí sim possa sair do programa”, explicou.
O parlamentar afirma que teve uma resposta positiva do ministro. “Ele falou que é uma intenção deles e eles estão analisando e trabalhando um projeto para trabalhar nesse sentido”, disse Max.
Todavia, até o momento, dentre as propostas para o orçamento do governo em 2024, nenhuma prevê um reajuste no valor do Bolsa Família e muito menos uma ampliação do benefício.