Foi mantida a prisão de Luiz Antônio Rodrigues Silva, o suposto guia espiritual investigado por abusar sexualmente de diversas mulheres durante supostos rituais de energização, preso pela segunda vez nessa quinta-feira (28). Ele foi submetido a audiência de custódia realizada na tarde desta sexta-feira (29), ocasião em que a prisão foi mantida pelo juiz João Bosco, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo).
O investigado, de 49 anos, que já havia sido preso no dia 5 de setembro, por abuso de sete mulheres, teve um novo mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça com base na continuidade das investigações da Delegacia Especializada da Mulher.
Conforme as investigações, o suspeito utilizava a rede social Tik Tok para atrair as vítimas para sua “tenda religiosa”, prometendo amparo espiritual. No momento em que ficava a sós com a vítima, ele aproveitava para praticar os abusos sexuais, alegando que era o espírito encarnado que realizava as condutas.
Após a primeira prisão, outras seis vítimas compareceram à delegacia para denunciar os abusos praticados pelo investigado, o que somadas dão ao todo 13 vítimas contando com as denúncias da primeira prisão e a segunda.
Durante os depoimentos, elas relataram que existem outras vítimas, que não tiveram coragem de denunciar os abusos. Com base nas novas denúncias, o delegado Cley Celestino representou pelos mandados de prisão e busca e apreensão contra o suspeito, que foram deferidos pela Justiça.
Os mandados foram cumpridos nessa quintano bairro Coophema, em Cuiabá, após diversas diligências realizadas pelas equipes policiais. Além da prisão, também foi apreendido o aparelho celular do investigado que será encaminhado para perícia para coleta de novos elementos de investigação.
A delegada titular da DEDM, Judá Marcondes, destacou que a prisão deste suspeito é extremamente importante para demonstrar que todos os casos de violência sexual são investigados e aqueles que utilizam de técnicas para ludibriar as vítimas e praticar abusos sexuais não ficarão impunes.
“Precisamos combater a objetificação do corpo da mulher e a cultura do estupro, pois a mulher não é objeto para satisfação exclusiva do homem. Somos seres humanos em que nossas vontades e decisões precisam ser validadas e respeitadas. O estupro é um ato que mata a mulher em vida”, frisou a delegada.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.
Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.