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Notícias / Política

02/10/2023 às 11:07

DISPUTA ACIRRADA

Sob intervenção, votação na AMM inicia e conta com a movimentação de prefeitos e deputados aliados

A votação é feita em urna eletrônica e está prevista para encerrar às 17h

Da Redação - Alline Marques / Reportagem local - Renan Marcel

Sob intervenção, votação na AMM inicia e conta com a movimentação de prefeitos e deputados aliados

Foto: Renan Marcel / Leiagora

A votação para escolha do novo presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) iniciou na manhã desta segunda-feira (2) com muita movimentação na sede da entidade e sob a vistoria do interventor, Naime  Márcio Martins Moraes, nomeado pelo Poder Judiciário, para acompanhar as eleições, após o presidente da Comissão Eleitoral, prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner (MDB), ter sido destituído do cargo por ser considerado imparcial no pleito. 

Ao todo, 128 prefeitos terão direito a voto na urna eletrônica, mas o atual presidente, Neurilan Fraga, também terá direito de registrar seu voto, mesmo não sendo mais prefeito, isso graças às regras do estatuto da AMM. O interventor disse que tem como função fazer cumprir as regras colocadas no edital da eleição e manter a transparência e lisura do processo. 

“Eu recebi essa incumbência, com muito orgulho e honra, para uma missão dessa grandeza. Entendeu o magistrado que seria necessário fazer essa intervenção nesta eleição. A regra da eleição está no edital, já previamente publicado, e minha função é fazer cumprir as regras com lisura, transparência, de forma tranquila para que tudo ocorra bem”, comentou, lembrando que apesar de o voto ser secreto, não há impedimento que os prefeitos que ali estão conversem sobre suas preferências. 

A votação ocorre em uma urna eletrônica instalada no auditório da AMM, e se encerra às 17h, quando, segundo Naime, será realizado o fechamento da urna e anunciado o resultado, ao lado de todos os representantes das chapas e dos fiscais. 

Otimismo de ambas as partes

Os dois candidatos a presidente da associação acompanham a votação desde cedo e dizem estar otimistas com a vitória. Vale destacar que além dos próprios postulantes, apoiadores também compareceram na entidade,
como deputado estaduais e federais,  dentre eles Dilmar Dal Bosco e Abílio Brunini (PL) e Juarez Costa (MDB). 

Leo Bortolin (MDB), prefeito de Primavera do Leste, disse que chega ao fim desta disputa com a sensação de dever cumprido, tendo percorrido quase todos os municípios com a proposta de defesa do fortalecimento administrativo das prefeituras, com foco nas menores cidades. “Estamos em um estado que resgatou a credibilidade administrativa, mas que é marcado pela desigualdade social entre os municípios. Então acredito que o foco é no auxílio das cidades menores”, afirmou em entrevista, antes do início das eleições. 

O emedebista também traz a pauta da renovação, uma vez que seu concorrente concorre ao 5º mandato como presidente. “Eu acredito que tenhamos cerca de 85 votos e para todos os prefeitos levamos a importância da oxigenação de ideias”, lembrando que os próprios prefeitos possuem direito a apenas uma reeleição, e é inadmissível o presidente tentar o 5º mandato”. 

Bortolin finaliza reforçando que, se eleito, irá mudar o estatuto da AMM, para, segundo ele, deixá-la mais democrática. 

Neurilan Fraga (PL), atual presidente da AMM, também se considera otimista. Aposta numa vitória com uma conta de 80 a 90 votos,  e lamentou a judicialização das eleições.

“Acho que a oposição ela está fazendo o papel dela, tentando de todas as formas, às vezes até desonesta, ganhar a eleição, querendo mobilizar a opinião pública, o fato é que o estatuto da AMM, assim como de associações de outros estados e até mesmo da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), da qual a AMM é filiada, permite que ex-prefeito participe e pode ter quantas reeleição assim entender. Quem vota é o prefeito, ele que vai escolher se vai ser Neurilan ou outro candidato”, declarou.  

Para Neurilan, a oposição tenta ganhar na justiça para ser uma candidatura única. Porém, isto só tem validade quando se é consensual, mas “não pode ser na justiça. “Não pode querer ser o único com decisões judiciais, eu respeito a decisão da maioria dos prefeitos se assim entenderem e votarem em outros candidatos. Não pode querer ser presidente no tapetão, eliminando a outra chapa. Esta é uma atitude antidemocrática e não contribui com o municipalismo”, encerrou dizendo acreditar em Deus e nos homens de boa fé.
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