A primeira-dama de Cuiabá Marcia Pinheiro (PV) virou ré por suposto uso político da máquina na Secretaria de Saúde do município. O juiz Jean Garcia, da Sétima Vara Criminal, acatou a denúncia contra ela e mais três pessoas.
A informação consta no Diário Oficial de Justiça nesta quarta-feira (18). A ação é reflexo da Operação Capistrum, deflagrada em 2021 pela Delegacia de Combate a Corrupção (Deccor), que culminou no afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
A investigação trouxe à tona irregularidades na contratação de servidores temporários, e fraudes no pagamento do chamado “prêmio saúde”.
Além de Marcia, ainda estão no polo passivo o então chefe de gabinete do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), Antonio Monreal Neto, a ex-secretária-adjunta de Governo, Ivone de Souza e o ex-coordenador Gestão de Pessoas, Ricardo Aparecido Ribeiro.
Em sua decisão, o magistrado afirma que a denúncia formulada pelo Ministério Público deixa clara a participação do prefeito, da primeira-dama e dos demais réus no esquema desbaratado por meio da operação.
“[...] Consistente na realização reiterada de contratações temporárias na Secretaria Municipal de Saúde, muitas delas de pessoas sem qualificação profissional para o cargo que iriam exercer e em volume incompatível com a necessidade daquela pasta, cujas contratações teriam sido realizadas, em tese, por interesses escusos do Prefeito de Cuiabá para conseguir apoio político, bem como no pagamento irregular do chamado ‘Prémio Saúde’”, argumentou.
Pinheiro nõa foi denunciado junto com os demais devido ao foro especial por prerrogativa de função. Diante disso, a investigação em relação a ele tramita no Tribunal de Justiça.
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