O tesoureiro do União Brasil e presidente Companhia Mato-Grossense de Gás, Aécio Rodrigues, negou qualquer conflito com membros do partido, como o deputado Dilmar Dal Bosco e o senador Jayme Campos. Na semana passada, o nome de Aécio foi citado entre os motivos para Dilmar ter renunciado ao cargo de secretário-geral da agremiação partidária.
Ao mesmo tempo, o deputado Júlio Campos revelou uma dura conversa entre Aécio e Jayme, na qual o senador teria cobrado celeridade na regularização da diretoria provisória do União em Várzea Grande. Questionado pela imprensa, contudo, Aécio colocou panos quentes para evitar o prolongamento das situações, encerrando os assuntos.Disse que apenas cumpre ordens dentro do partido e muitas vezes elas não estão em sintonia.
"Estive a todo tempo com o senador Jayme Campos explicando como funciona a parte prática do partido. Tudo o que foi feito foi feito com o aval do governador Mauro Mendes [presidente da legenda]. Dilmar é um excelente deputado, antigo no nosso partido e tenho o maior respeito por ele. Não existe essa questão de ter a senha ou não. Meu objetivo sempre foi incluir os diretórios, às vezes demorava um pouco, porque a gente depende em alguns municípios de um consenso entre os deputados, senadores e com o governador, para fazer dar certo. Tenho minha função como tesoureiro e estou tranquilo quanto a isso. O que me pedem para fazer, tanto deputados, senadores e o governador, estou sempre pronto para fazer. Não existiu um desentendimento entre mim e o senador Jayme Campos. Eu cumpro o máximo para atender todo mundo", defendeu-se.
"Não houve nenhuma ofensa, esculhambação de ninguém. A gente está sempre alinhado. Eu cumpro o que cada um pede e às vezes o que um pede pode ser diferente do outro", pontuou.
O desconforto no partido foi comentado junto à imprensa pelos irmãos Campos. Júlio firmou que não restou outra opção para o correligionário Dilmar Dal Bosco que não fosse abdicar da secretaria-geral do União Brasil, uma vez que a atribuição de coordenar a formação dos diretórios em todo estado de Mato Grosso foi confiada a outra pessoa pelo presidente da legenda, governador Mauro Mendes. Segundo ele, a senha partidária para o registro na Justiça Eleitoral, que deveria ser repassada a Dilmar, foi entregue por Mauro a Aécio.
Em ofício destinado ao diretório estadual da sigla presidida pelo governador Mauro Mendes, o Dilmar alegou falta de tempo para exercer a função. Contudo, nos bastidores, militantes do partido afirmam que a questão foi mesmo insatisfação política. Júlio também comentou a situação do diretório do União em Várzea Grande, eterno reduto dos Campos. Segundo ele, Aécio acelerou a regularização da municipal várzea-grandense após uma "esculhambada" do senador Jayme Campos.
"Teve algumas matérias que falaram sobre desentendimento entre eu e o senador Jayme, mas isso não existiu. Ele me ligou por volta das 10h perguntando sobre o diretório de Várzea Grande. Eu falei que já estava tudo certo e iria atrás do aval do governador e às 17h estava tudo no sistema", apazigua Aécio.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.
Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.