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Notícias / Polícia

10/11/2023 às 17:19

SITUAÇÃO PRECÁRIA

Bombeiros realizam estratégias diárias para combate de incêndio no Parque Encontro das Águas

As chamas já destruíram quase 23% do maior reduto de onças-pintadas do mundo

Eloany Nascimento

Bombeiros realizam estratégias diárias para combate de incêndio no Parque Encontro das Águas

Foto: Secom-MT

O incêndio que atingiu quase 23% do Parque Estadual Encontro das Águas, região do Pantanal, segue sendo monitorado e combatido pelo Corpo de Bombeiros. De acordo com o comandante da instituição, coronel Alessandro Borges, as equipes realizam estratégias de combate atualizadas diariamente em monitoramento in loco e por meio dos satélites da Sala de Situação Geral, no Batalhão de Emergências Ambientais (BEA).

"Na Sala de Situação temos softwares de ponta, alta tecnologia que nos permite monitorar o local em tempo real, processar, tratar e encaminhar as informações para que a base de operação em Porto Jofre possa criar estratégias necessárias para combate às chamas nos pontos detectados, seja por barco, helicóptero ou por meio terrestre. Além disso, os militares da operação também fazem o monitoramento no local, acompanhando de perto a situação", destacou. 

O comandante da operação, major Alex Queiroz, apontou que, em razão das características do Pantanal, os incêndios na região são dinâmicos, uma vez que o fogo se alastra pelo subsolo. Por isso, a situação muda durante o dia e as equipes ficam em constante monitoramento, replanejando as estratégias conforme a necessidade. 

"A região aqui é muito grande, as distâncias são realmente longas e em são muitos locais de difícil acesso. Além disso, tivemos dias de muita ventania, que fizeram a reignição do incêndio, aliada à vegetação seca. Então, todo dia traçamos uma nova estratégia de combate. Principalmente no período da manhã, acompanhamos a atualização do incêndio, as coordenadas, a situação no local, e montamos a estratégia para aquele dia", explicou.

Conforme já foi noticiado pelo Leiagora, o incêndio teve início no dia 1º de outubro e foi extinto no último dia do mês, porém na última segunda (6) foram detectados pontos de reiginição, na região do Corixo Negro, que ocorreu em razão da elevada temperatura e fortes rajadas de vento no local.

Na região, o Corpo de Bombeiros atua com militares em solo, realizando ações de prevenção, como construção de aceiros e barreiras, e no combate direto às chamas. Nas regiões de mais difícil acesso, são utilizadas embarcações e aeronaves para o lançamento de água e apoio aos militares.  

A Defesa Civil disponibilizou novas aeronaves com capacidade de 3 mil litros cada uma, viaturas, e foram contratadas 300 horas de voo somente para a operação de combate. 

"Com o helicóptero do Ciopaer, fazemos o sobrevoo nas áreas onde estão o fogo e auxiliamos no planejamento para identificar como adentrar no local. São áreas de difícil acesso, então vamos colocar os militares o mais próximo possível. Áreas em que se leva 30 minutos de barco, fazemos o trajeto em cinco minutos, otimizando o tempo e garantindo mais eficiência na operação", destacou o secretário adjunto de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, delegado Valter Furtado Filho, comandante do helicóptero nesta quarta-feira (9).

A situação precária também atinge o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense. Em imagens extraídas pelo sistema de monitoramento do Instituto Centro de Vida foi possível analisar que mais de 22 mil hectares foram afetados por diversos focos de incêndios florestais, valor referente ao início do período proibitivo de queimadas em Mato Grosso, que iniciou no dia 1º de julho.
 
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