Enquanto o Corpo de Bombeiros atua para evitar que o fogo se alastre para outras localidades ou tome dimensões desproporcionais, uma associação sem fins lucrativos e dedicada à causa animal tem feito o resgate das espécies e vem tentando chegar aos lugares de difícil acesso para socorrer os bichos.
A presidente da É o Bicho MT, Jenifer Larrea, disse que a entidade e outros voluntários estão no Parque Nacional (Parna) do Pantanal Mato-grossense, na região de Poconé. As equipes estão resgatando os animais feridos, queimados ou que ainda estejam vivos.
“Estamos com a equipe em campo, fazendo varredura em busca de animais feridos e acometidos pelo fogo. Infelizmente já encontramos muitos mortos, em sua maioria répteis”, contou ao Leiagora.
O fogo já devastou mais de 20% do Parque Estadual Encontro das Águas e agora tem afetado o Parque Nacional do Pantanal. Os incêndios têm colocado todas as entidades ligadas ao meio ambiente em alerta.
“O fogo que veio subindo no Parna Pantanal Matogrossense já está se aproximando da Transpantaneira próximo à Porto Jofre”, comentou a presidente da associação.
Jenifer e outros voluntários tem contado com o apoio da população local para conseguir chegar até os animais, porém, eles precisam de ajuda para custear a alimentação, o alojamento e os deslocamentos pela região.
“A equipe recebeu um chamado hoje para capturar um bugio [espécie de macaco] que está com as mãos queimadas. Estamos em deslocamento de barco para chegar no local, com a ajuda da população”, disse.
Para continuar auxiliando no combate e ajudando na causa animal do Pantanal mato-grossense, os interessados podem fazer as suas doações por meio do pix CNPJ 42.442.070/0001-40 (É o Bicho MT) ou, caso prefiram, podem doar cerca de 4 bombas grandes de 50 litros de gasolina para a equipe do barco.
Incêndios
Mais de 22,3 mil hectares de vegetação nativa já foram destruídos pelas chamas que atingem o Parque Nacional. Os dados do Instituto Centro de Vida (ICV) mostram que a região vive algo totalmente atípico.
Em comparação com novembro de 2022, foi constatado um aumento de 565% nos focos de calor na região. Isso agregado a falta de chuvas pode provocar incêndios mais intensos e o desmatamento de uma área maior da preservação local.
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