Após o recente assassinato de uma família ocorrido em Sorriso por um pedreiro que trabalhava em uma obra ao lado da residência das vítimas, parte da bancada federal de Mato Grosso se reuniu para exercer pressão no presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para que ele coloque em pauta projetos que preveem penas mais rígidas para crimes hediondos e de feminicídio.
A deputada federal Gisela Simona (União) comentou sobre a aprovação de um projeto que prevê o aumento das penas dos acusados envolvidos em crimes de feminicídio: “Tivemos a aprovação do pacote anti-feminicídio e ele sai de 12 a 30 anos, que é hoje a pena, para 40 anos, que é essa a pena que nós precisamos, mais severa para que não se tenha tanta impunidade como tá acontecendo hoje não só em Mato Grosso, mas em todo o Brasil”, disse à imprensa na noite desta terça-feira (28).
Nesse mesmo ponto, Abilio Brunini (PL) cobrou que haja um aumento das penas e, assim como defende Coronel Assis (União), que seja extinguida a lei que prevê a progressão das penas. “Esse pessoal que comete essas atrocidades tem que ficar preso, tem que aumentar para 40 anos. Nós estamos pedindo ao Arthur Lira para que ele coloque em pauta os projetos com maior penalidade desse assunto. Não podemos deixar que um crime bárbaro como esse continue desse jeito”, defendeu.
Brunini também externou solidariedade à população de Sorriso e aos familiares das vítimas e afirmou que não pode deixar que uma situação como essa seja só uma estatística.
Já a Coronel Fernanda adiantou que ainda no mês de dezembro devem ser apresentados vários projetos de lei que visem o combate da violência contra a mulher. Uma das propostas é criar um canal aberto para que o cidadão possa pesquisar a vida pregressa de colaboradores ou prestadores de serviço.
“Como é que as famílias hoje conseguem contratar qualquer pessoa para fazer um serviço na sua casa sem correr o risco dessa pessoa ser um abusador? Então nós estamos propondo um projeto de lei para os crimes de violência doméstica, de feminicídio, crimes hediondos que venham promover a insegurança. O que aconteceu lá em Sorriso foi falha do estado, da justiça, e aqui na Câmara nós precisamos achar um meio termo para que isso não se repita”, declarou.
O deputado federal Coronel Assis (União) criticou os institutos que preveem a regressão das penas, o que para ele está atrelado à frequência com que esse crimes bárbaros vem acontecendo.
“Nós já temos a lei de crimes hediondos, onde os crimes de penas gigantescas são unificadas a 40 anos, mas o instituto da progressão, esse institutos que fazem com que a pessoa tenha esse benefício da lei acabam prejudicando e fomentando a impunidade”, comentou.
Assis também deixou claro que independente de posição política, partidária ou ideológica, as propostas de reajuste nas penas são para que crimes como esses não voltem a acontecer, afinal, agora são quatro vítimas 'sob um caixão em uma vala rasa'.
“Isso não tem que ser uma bandeira ideológica, partidária, isso tem que ser um conjunto de esforços do poder executivo, do poder legislativo e do poder judiciário, uma vez que se não houver essa conjunção de esforços, nós vamos ter que conviver com essa barbárie que ta acontecendo ai”, disse.
Por fim, José Medeiros (PL) acusou o estado pelos assassinatos que vem acontecendo a mão armada por parte dos bandidos. Para ele, o fato do governo criminalizar o porte de arma tem feito ainda mais reféns da criminalidade brasileira.
“Esse estado governado por essas pessoas que criminalizam o brasileiro a ter uma arma em casa, esses caras são responsáveis por esse sangue”, afirmou.
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