Em um dia que as votações se estenderam por três sessões legislativas e foram marcadas por várias críticas ao governo estadual, os deputados estaduais derrubaram vetos ligados à execução de projetos e obras, como os das leis que alteraram o orçamento do governo para possibilitar o estudo para o trajeto da MT-030 e a construção de um Instituto Médico Legal (IML) no município de Várzea Grande.
“São vetos importantes que foram derrubados. Não tem nem sentido vetar a MT-030, ela é muito importante, é uma rodovia que já está na cabeça de todos os cuiabanos, de todos os chapadenses como uma alternativa que já está totalmente congestionada que é a Rodovia Emanuel Pinheiro. E o IML de Várzea Grande, que é uma reivindicação antiga, que as pessoas sofrem com isso. Os deputados estão de parabéns”, disse o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, ao final das três sessões de votação nesta quarta-feira (29).
A classificação de “veto sem sentido” já havia sido feita antes por Botelho, várias vezes durante a sessão. Além do presidente da Assembleia Legislativa, vários deputados ficaram “na bronca” com vetos aos seus projetos e usaram a tribuna para reclamar das constantes intervenções do governador contra os projetos aprovados na Casa de Leis.
“Faço uma crítica direta ao senhor governador Mauro Mendes e à Casa Civil, ao Governo do Estado de Mato Grosso que vetou um projeto que em nada tratava sobre administração pública, orçamento público”, disse Diego Guimarães (Republicanos), que não conseguiu derrubar o veto ao projeto que visava padronizar os garrafões de água no estado.
“Eu não entendo esses vetos. Fica até ruim, gera um desconforto para a família do homenageado, que vê o projeto ser aprovado aqui na Assembleia, comemora, e depois ele é vetado”, disse o deputado Wilson Santos (PSD) ao falar sobre vetos a alterações em nomes de vias públicas para homenagear pioneiros e pessoas de grande importância para
Quem também fez críticas ao governo, mas neste caso ao vice-governador Otaviano Piveta (Republicanos), foi o deputado estadual Gilberto Cattani. Com a voz embargada após perder na votação e não conseguir derrubar um veto de Pivetta quando este exerceu o cargo de governador durante a viagem internacional de Mendes, ele também reclamou.
“Eu aceito a derrota como uma coisa natural, mas é triste ver isso acontecendo .Esse veto é de quando o vice-governador assumiu e eu falei ontem a noite e ele disse que o governo ajudaria a derrubar esse veto. Os pequenos produtores sofre absurdo na unha com a Energisa e eu falo isso com um pouco de emoção porque eu jamais imaginei que não fosse derrubado”, comentou ao falar do descumprimento do acordo.
“A gente não consegue derrubar um veto desse que nem deveria ter, pra começar. A gente aceita, voto é voto, democracia é democracia, mas que dá uma tristeza, dá”, concluiu.
