A vereadora Michelly Alencar (União) acusa o preito Emanuel Pinheiro (MDB) de manter o ‘cabidão de empregos’ na Secretaria de Saúde de Cuiabá após o período de intervenção estadual. A parlamentar ainda afirma que o emedebista descumpre 75% do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado pela equipe de intervenção com o Ministério Público Estadual (MPE).
Segundo Michelly, a nomeação dos enfermeiros aprovados em concurso está entre os pontos do acordo que não foram cumpridos pela gestão municipal.
“Dos 346 termos, 236 não foram cumpridos, ou seja, 75% do TAC está sendo descumprido. Entre esses 75% de descumprimento estão, por exemplo, a renovação dos contratos e os enfermeiros que passaram no concurso e ainda não foram convocados. Não podemos esquecer que uma das grandes denúncias durante a intervenção foi o cabidão de empregos, onde o Estado junto com o Ministério Público, o Tribunal de Justiça e o Tribunal de Contas fizeram com que a Saúde tivesse obrigatoriamente um concurso, mas a intervenção saiu e as contratações continuaram sendo renovados enquanto os concursados estão aguardando”, disse na manhã desta terça-feira (23).
Além disso, a vereadora ainda enfatizou que ‘todas as obras’ de reforma que iniciaram durante a intervenção, encontram-se paradas e ‘sofrendo grandes desgastes’. A falta de medicamentos também foi um dos problemas, que, segundo Michelly, voltou a aparecer.
“Eu fui visitar essas obras, são obras que as partes dos banheiros já foram todas roubadas e a parte elétrica também já começou a ser depreciada, depredada, então assim, as obras elas não só não estão avançando, e sim regredindo o que foi feito, que era compromisso. Não deram continuidade, não deram continuidade inclusive, no padrão de compras para que os medicamentos não faltassem. Então os medicamentos voltaram a faltar”, reiterou.
Emanuel não respeita Justiça
Diante dos inúmeros relatos, Michelly foi além e afirmou que, atualmente, Emanuel não respeita mais os Poderes.
“Ele não respeita o Ministério Público, nem Tribunal de Contas, nem Tribunal de Justiça, não respeita nem o cidadão, que isso já a gente já vem acompanhando, mas não respeita um documento formal, porque o TAC é um documento formal para que as coisas continuassem andando. E infelizmente, não é isso que está acontecendo. [...] Existem pontos querendo ou não, concordando ou não, que devem ser cumpridos e que os órgãos de controle estão acompanhando. A gente simplesmente quer que aquilo que foi iniciado seja dado continuidade”, destacou.
