Alunos do 9° do Colégio Salesiano São Gonçalo foram afastados da sala de aula por medida judicial após denunciarem um professor por tentar persuadi-los em troca de favores sexuais por nota. O caso veio à tona nessa quinta-feira (30) após mãe de um dos estudantes expor a situação em áudio.
No áudio em que o Leiagora teve acesso, uma das mães das vítimas relata que o afastamento foi determinado até a conclusão do inquérito. "As crianças foram afastadas da escola por medida judicial até que seja concluído o inquérito contra ele por assédio, porque já são já são 10 crianças com a mesma queixa de assédio e importunação", alegou.
Conforme a acusação, o professor teria se aproveitado das dificuldades dos alunos em uma das matérias neste fim de ano.
“Ele tentou persuadi-los em troca de favores de cunho sexual de fotos ou de vídeos pornográficos para poderem passar de ano e mudar qualquer tipo de nota. Então ele tava barganhando as notas das crianças agora neste fim de ano”, denunciou.
Na acusação, a mãe relatou que os alunos possuíam vínculo de amizade com o professor, almoçavam juntos no intervalo e até recebiam abraços.
“Eles tinham uma comunicação muito aberta, achavam que era amigo, então quando ele veio com essa sugestão de cunho sexual os meninos viram que era algo grave e meu filho veio falar comigo”, contou.
Preocupada com a situação, a mulher acionou outras mães e detalhou sobre os assédios a fim de alertá-las. Posteriormente, as genitoras registraram boletim de ocorrência contra o professor.
De acordo com a denunciante, a escola não foi constatada inicialmente para que o suspeito não destruísse possíveis provas no computador e no celular.
A mãe suspeita que as importunações podem ter começado desde o 7° ano e as vítimas não tenham percebido inicialmente e que o professor começou a ser mais explícito porque viu que elas não estavam entendendo.
Caso é apurado
Ao Leiagora a Polícia Civil informou que foram registrados boletins de ocorrência cujas vítimas são menores de idade. Os fatos estão em apuração pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente de Cuiabá (Deddica).
E reforçou que por se tratar de ocorrências envolvendo menores de idade, outras informações não serão fornecidas a fim de resguardar e preservar as vítimas.
Outro lado
O Leiagora entrou em contato com o Colégio Salesiano São Gonçalo que informou que a coordenação iria se reunir no período da tarde para definir as medidas necessárias.
Por volta das 14h, a assessoria do colégio contrariou a versão da mãe e disse que nenhum aluno foi afastado por medida judicial, mas que dois apresentaram atestados médico.
*Atualizado às 14h03