O governador Mauro Mendes (União) levou para o trato com a bancada federal de Mato Grosso a política de ser fechado em um núcleo duro para a maioria das ações e manter neutralidade positiva com a maioria e isolar os inimigos. Para conseguir chegar ao governo Federal, ele tem apostado em duas diferentes frentes: O contato direto, com direito a fortalecimento do Escritório de Representação em Brasília, e nos aliados no Senado.
Para melhorar o contato direito com o governo Federal, Mendes deu ao Escritório de Representação em Brasília o nível de secretaria e nomeou um ex-deputado federal conhecido por ter bom trânsito com variados segmentos, dr. Leonardo Albuquerque (Republicanos). Com isso, o governador ganhou poder de acesso a ministérios sem depender dos deputados federais.
Contudo, para abrir as portas diretas de ministros, Mauro Mendes conta com a ajuda do senador Jayme Campos (União), que já teve a experiência de lidar diretamente com uma gestão Lula (PT) no passado, da senadora Margareth Buzzetti (PSD), que se mostra uma fiel aliada ao governo do Estado, e, durante 3 meses, com Mauro Carvalho (União), que exerceu cargo de senador na vaga de Wellington Fagundes.
Bancada na Câmara
Com maior contato direito com governo federal e apoio dos senadores para alguns diálogos pontuais, Mauro Mendes deixou o contato com a bancada de Mato Grosso na Câmara para tratar de emendas parlamentares a serem investidas no estado e votações em pautas importantes, como marco temporal e reforma tributária.
O deputado federal Fábio Garcia (União) foi o principal interlocutor do governo de Mato Grosso na Câmara dos Deputados durante a discussão da primeira votação da Reforma Tributária.
Ele deixou o Congresso para assumir a Secretaria da Casa Civil e no seu lugar assumiu Gisela Simona (União), que ao lado do coronel Assis (União) é a dupla de confiança de Mauro Mendes para votações na Câmara.
Juarez Costa (MDB), Abilio Brunini (PL), José Medeiros (PL), Amália Barros (PL) e coronel Fernanda (PL) completam o quadro de aliados pontuais. Todos são tratados com cortesia e discutem investimentos de emendas parlamentares em Mato Grosso, mas não são parte do da articulação política do governo de Mato Grosso em Brasília.
E ainda resta a situação de Emanuel Pinheiro Neto (MDB), que é mantido isolado pelo governo como adversário político. Apesar do bom relacionamento do deputado com o governo federal, ele e o governador Mauro Mendes nunca participaram de nenhuma reunião em conjunto em Brasília.
