A segunda etapa da conciliação sobre a Lei da Pesca no Supremo Tribunal Federal (STF) pode adiar a decisão do governador Mauro Mendes sobre a candidatura do União Brasil a prefeito de Cuiabá. O gestor volta a Brasília nesta quinta-feira (1º) para apresentar uma nova proposta referente à proibição do comércio, transporte e armazenamento do pescado em Mato Grosso.
A intenção do gestor é evitar que a Corte Suprema declare a legislação, que entrou em vigor em 1º de janeiro, inconstitucional. Para tanto, ele irá propor algumas alterações na lei original, a qual será analisada pelo ministro André Mendonça.
Acontece que Mendes havia garantido que acabaria com a novela sobre a candidatura à Prefeitura de Cuiabá no final deste mês. O União Brasil tem dois pré-candidatos: o deputado estadual Eduardo Botelho e o secretário-chefe da Casa Civil Fábio Garcia.
O governador nunca escondeu a sua preferência pelo integrante do primeiro escalão estadual, mas outras lideranças de peso da agremiação pressionam o chefe do poder Executivo para que o candidato do grupo seja Botelho.
Nos bastidores, a saída de Botelho do União Brasil para a viabilização de seu projeto político já era dada como certa, tendo em vista justamente essa preferência de Mendes.
Nos últimos dias, contudo, o cenário parece ter mudado. A conversa é que o chefe do poder Executivo estaria fazendo um rearranjo a fim de garantir a candidatura do deputado pelo União. O primeiro indício disso foi a permanência de Garcia na Casa Civil.
Havia uma expectativa de que o deputado federal deixasse a pasta no início deste ano, a fim de garantir o retorno de Mauro Carvalho para o cargo. Há duas semanas, contudo, Mendes anunciou que Garcia permanece no primeiro escalão estadual.